Polícia diz que havia elementos para pedir prisão de empresária

Polícia diz que havia elementos para pedir prisão de empresária
O delegado Nilson Farias está a frente do inquérito que investiga o caso - MidiaNews

O delegado Nilson Farias, que está à frente do inquérito que investiga o assassinato do advogado Roberto Zampieri, afirmou que a prisão temporária da empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo foi necessária para o esclarecimento da investigação.

“A Polícia Judiciária Civil trabalha de forma técnica. O pedido de prisão passa pela analise do Ministério Público e do Poder Judiciário e foi entendido que existiam elementos”

Zampieri era especialista em Direito Agrário e foi morto a tiros na noite do dia 5 de dezembro em Cuiabá. A principal suspeita era de que o crime tivesse ligação com a atividade laboral da vítima, que atuava em causas milionárias.

Maria Angélica foi presa em 20 dezembro suspeita de ter sido a mandante do crime. A inimizade entre ela e o advogado assassinado está documentada na Justiça.

O conflito começou depois que ela se sentiu “traída” por Zampieri, que foi seu ex-advogado, mas “mudou” de lado e passou a atuar em favor de um empresário com quem ela iniciou uma disputa fundiária.

“A Polícia Judiciária Civil trabalha de forma técnica. O pedido de prisão passa pela análise do Ministério Público e do Poder Judiciário, e foi entendido que existiam elementos”, afirmou o delegado.

“A prisão temporária é uma prisão da investigação; quando a prisão sai não é absolutamente que você é culpado, até porque você está sendo investigado”, completou.

A declaração do delegado foi dada após a defesa de Maria Angélica afirmar que a Polícia Civil “errou” e que a prisão da empresária havia sido “precipitada”.

“A DHPP tem feito um excelente trabalho, queremos render a nossa admiração à rapidez e eficiência em relação aos atiradores. Conseguiram prendê-los em um tempo muito curto”, afirmou o advogado Eustáquio Neto em entrevista à rádio CBN Cuiabá.

“Porém, com o máximo respeito, acreditamos que em relação a Maria Angélica houve um grave equívoco”, completou o criminalista.

Três filtros

Segundo o delegado, a prisão não foi unica e exclusivamente da Polícia Civil, mas, sim, do sistema de Justiça.

“São três filtros, não é só a Polícia, exatamente para garantir a segurança de todo cidadão, mas se a prisão foi deferida nesse momento da fase investigativa, foi exatamente porque tinha os requisitos da prisão temporária”, afirmou o delegado.

“O delegado de Polícia, que tem amplo conhecimento jurídico, um promotor de Justiça e um juiz de Direito, só então é proferida uma decisão de prisão. Ela não é uma decisão só da Polícia, é uma decisão do sistema de Justiça”, completou.

Para o delegado não houve equívoco ou qualquer outra irregularidade na prisão da empresária.

“Não existe, ao meu ver, irregularidades na prisão. E é só no final do inquérito que o delegado indicia ou não indicia. Até se ter o efetivo indiciamento você não pode falar em certezas”.

A Polícia Civil segue investigando o envolvimento de Maria Angélica no caso; o celular dela e outros materiais estão sendo periciados.
Maria Angélica foi colocada em liberdade na última sexta-feira (19) e, apesar de ter sido solta, o Ministério Publico informou que irá recorrer da decisão que a colocou em liberdade.

(MidiaNews)

Astrogildo Aécio Nunes

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