Organização ofertava propina a servidores para que dados falsos fossem inseridos no sistema do MTE

Organização ofertava propina a servidores para que dados falsos fossem inseridos no sistema do MTE
PF/MT

A organização criminosa envolvida com fraudes no seguro-desemprego prometia pagamento de propina para servidores públicos para que falsas informações fossem inseridas no sistema do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme apontam as investigações da Polícia Federal. Os suspeitos foram alvos da “Operação Redex”, deflagrada na manhã desta quarta-feira (4) em Mato Grosso e outros três estados.

São cumpridos 21 mandados nos municípios de Cuiabá, Sinop (497 km de Cuiabá), Macapá (AP), Parauapebas (PA), Redenção (PA) e São Luís (MA). O grupo teria causado um prejuízo de R$ 11 milhões aos cofres públicos.

As investigações tiveram início em outubro de 2022, depois que a área de inteligência trabalhista do MTE identificou a liberação irregular de inúmeros benefícios do seguro-desemprego, com a participação de servidores públicos e pessoas localizadas em diversas Unidades da Federação.

O modo de agir do grupo criminoso consistia no recrutamento de servidores públicos vinculados ao Sistema Nacional de Emprego (SINE), com promessa e pagamento de vantagens indevidas, para que esses agentes públicos inserissem informações falsas no sistema do Ministério do MTE ou emprestassem suas senhas para que outras pessoas o fizessem.

A partir daí, parcelas indevidas do seguro-desemprego eram pagas a ‘laranjas’, que repassavam parte do valor recebido indevidamente aos orquestradores do esquema criminoso. Durante a investigação, foram confirmados até o presente momento 12 mil requerimentos de seguro-desemprego fraudados, acarretando um prejuízo de R$ 11 milhões aos cofres públicos.

Os crimes sob apuração são os de estelionato, corrupção ativa, inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa (ou organização criminosa).

(HNT)

Astrogildo Aécio Nunes

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