Lula critica a Vale em meio a pressão por nomeação de Guido Mantega

Lula critica a Vale em meio a pressão por nomeação de Guido Mantega
Youtube/Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais para lembrar o marco de cinco anos da tragédia em Brumadinho (MG), completos nesta quinta-feira (25/1), e para cobrar ações de reparação da empresa mineradora. Segundo o chefe do Planalto, quase meia década após o rompimento da barragem “a Vale nada fez para reparar a destruição causada”.

“Hoje faz 5 anos do crime que deixou Brumadinho debaixo de lama, tirando vidas e destruindo o meio ambiente. 5 anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada”, escreveu o presidente, que cumpre agendas esta manhã no Palácio da Alvorada, antes de viagem a São Paulo.

As críticas ocorrem num contexto em que Lula defende a indicação do petista Guido Mantega para o comando ou ao menos a diretoria da empresa mineradora. Mantega foi ministro do Planejamento, presidente do BNDES e ministro da Fazenda nos dois mandatos de Lula e também atuou n área econômica na gestão de Dilma Rousseff.

O rompimento da barragem da Vale na Mina Córrego do Feijão, na cidade mineira, causou centenas de mortes e gerou grande devastação ambiental, além de destruir comunidades. Familiares dos mortos contabilizam 272 vítimas, levando em conta duas mulheres que estavam grávidas.

Acordos na Justiça

Um acordo para a reparação foi firmado dois anos depois, em 4 de fevereiro de 2021. Ele trata dos danos coletivos. Foram previstos investimentos socioeconômicos, ações de recuperação socioambiental, ações voltadas para garantir a segurança hídrica, melhorias dos serviços públicos e obras de mobilidade urbana, entre outras.

Em julho de 2019, a mineradora e o Ministério Público do Trabalho (MPT) assinaram um acordo para o pagamento das indenizações aos familiares dos trabalhadores que morreram e aos empregados sobreviventes.

Para a Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho (Avabrum), esse processo indenizatório foi atropelado. A entidade considera que não houve negociação. Era aceitar a oferta ou recusar.

(Do Metrópoles)

Astrogildo Aécio Nunes

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