Emanuelzinho ignora rejeição de Rui Costa e pede a Mendes que não venda vagões do VLT

O deputado federal Emanuelzinho (MDB) ignorou o sinal vermelho do ministro da Casa Civil e coordenador do PAC III, Rui Costa, para o envio de recursos à instalação do VLT em Cuiabá e pediu ao governador Mauro Mendes (União Brasil) para não vender os vagões para o estado da Bahia. De acordo com o parlamentar, o governo federal irá bancar a obra na capital mato-grossense com recurso de fundo perdido, isentando a prefeitura de qualquer pagamento.
Conforme Emanuelzinho, o trajeto do “VLT Cuiabano” irá abranger ruas do Porto ao Distrito Industrial, perímetro maior que o BRT. Segundo ele, a solicitação para que Mendes “segure” os vagões pode beneficiar não só Cuiabá, mas a cidade de Várzea Grande, pois se não forem utilizados na capital, a cidade vizinha pode aproveitá-los em uma futura expansão do modal.
“O VLT é algo que está se tornando cada dia mais concreto. Já houve uma pré-aprovação do PAC de Mobilidade Urbana, é um recurso a fundo perdido, o que significa que não vaio custar R$ 1 para Cuiabá, é quase como se fosse um dinheiro dado do governo federal para Cuiabá. Será realizada licitação pelo governo federal, não será o prefeito Emanuel Pinheiro que vai concluir essa obra. Ele vai iniciar e serão os próximos prefeitos que a realizarão”, declarou Emanuelzinho ao Veja Bem MT nesta segunda-feira (15).
Para o filho do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o VLT ainda é um assunto “vivo” em Brasília, deixando de comentar sobre a suposta ligação de Rui Costa a Mendes, conforme veiculado pelo site da ‘Istoé’, anulando o projeto do Executivo municipl. Emanuelzinho fala do modal conjugando os verbos sempre no presente.
“O projeto executivo prevê que Cuiabá vá do Porto até o Distrito Industrial, que vai cobrir uma região muito maior de Cuiabá”, disse, por exemplo, sobre o trajeto.
O deputado emedebista também reflete sobre a integração entre o VLT Cuiabano e o BRT de Várzea Grande. Ele afirmou que agendará uma reunião com o prefeito Kalil Baracat (MDB) para encontrar uma solução.
“Vamos garantir a Cuiabá, vou conversar com o prefeito Kalil para que nós encontremos todo apoio necessário, inclusive, suporte financeiro do governo federal para fazer uma integração em Cuiabá, ou, se preciso, garantir o VLT (em Várzea Grande) para que possamos ter essa parceria para encontrar o melhor para a região metropolitana”, ventilou o parlamentar.
VAGÕES EM BOA QUALIDADE
Emanuelzinho guarda fotos e vídeos dos vagões estacionados em galpões de VG. O deputado contextualizou que os equipamentos oneram cerca de R$ 1,5 milhão por mês a Mendes e estão em boa qualidade, caso contrário, o governo da Bahia não desejaria adquiri-los.
“Por favor, não venda os vagões do VLT, porque podem ser muito úteis para Cuiabá ou Várzea Grande no futuro, caso o imbróglio do traçado do BRT a qual o prefeito Kalil questiona. Isso pode ser uma solução para Várzea Grande no futuro”, pediu o federal.
“Eu já fiscalizei e mostrei que o VLT está em perfeitas condições. O governo do Estado gasta R$ 1,5 milhão por mês para fazer a manutenção desses vagões e o governador está vendendo sob a alegação de que estão depredados. Se estivesse depredado, por que o governo da Bahia iria querer comprar? Mas eu peço publicamente a sensibilidade do governador Mauro Mendes para não vender os vagões e sentar para conversar sobre a questão dos modais, tanto em Cuiabá, como em Várzea Grande”, reiterou o deputado.
(HNT)