Emanuel nega ‘influência’ em processo de cassação de Edna e critica ataques de vereadores

Emanuel nega ‘influência’ em processo de cassação de Edna e critica ataques de vereadores
Davi Valle/Secom Cuiabá

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), negou, nesta segunda-feira (3), qualquer interferência no processo que pode cassar o mandato da vereadora Edna Sampaio (PT), na Câmara Municipal. Na ocasião, o emedebista ainda criticou a postura adotada pelos parlamentares de oposição à petista e reafirmou o direito de ampla defesa da parlamentar.

Conforme Pinheiro, um de seus únicos pedidos à sua base aliada foi que a vereadora tivesse a chance de ‘se defender’ das acusações.

“Eu não me envolvo em nada na Câmara Municipal de Cuiabá, respeito demais a liberdade e a relação independente e harmônica entre os poderes. Agora, é claro que, como liderança política, um vereador ou outro conversa comigo. Se dependesse de mim, eu pediria para que não tripudiassem em cima da colega, para que dessem a ela oportunidade de defesa. Isso é sagrado, um dos pilares do Estado Democrático de Direito é o direito do contraditório e da ampla defesa”, disparou.

Sem citar nomes, Emanuel ainda avaliou ter ‘visto’ alguns ataques contra Edna e criticou o ‘julgamento antecipado’ da parlamentar. De acordo com o gestor, a Comissão de Ética da Câmara foi instaurada justamente para isso.

“Eu vejo alguns parlamentares tripudiando em cima da vereadora como se fossem ícones ou paladinos da moralidade. Eu acho isso um absurdo, eles estão ali para cumprir o papel de investigar. A Comissão de Ética está trabalhando de forma transparente e séria, sob o comando de um excelente vereador, Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania), com a participação de outros dois grandes membros, Kero Kero (Podemos) e Kássio Coelho (Patriota)”, reiterou.

BASE ‘ESPREME’ VEREADORA

Apesar das declarações de Emanuel, na última sexta-feira, o presidente da Comissão de Ética teceu duras críticas à petista. Conforme o parlamentar, a vereadora tem ‘se isolado’ cada vez mais na Casa por apontar colegas e se colocar na posição de vítima. A fala foi feita em entrevista à Rádio Cultura.

“Ela está fazendo um caminho, uma escolha pessoal dela. Está colocando como se todos estivessem contrários a ela, isso é notório pela imprensa e atitudes dentro da Câmara”, disse Rodrigo Arruda.

INVESTIGAÇÕES

Atualmente, a petista é investigada por supostas “rachadinhas” em seu gabinete, por uso indevido de verba indenizatória (VI). Além da acusação de desvio de finalidade no uso na VI, os vereadores também passaram a questionar, através da Comissão de Ética, a exoneração da ex-chefe de gabinete Laura Natasha durante o período gestacional. À época, a vereadora imputou ao líder do Legislativo, Chico 2000 (PL), a responsabilidade pelo desligamento.

(HNT)

Astrogildo Aécio Nunes

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