Defesa de professor alega inocência e contesta teor de diálogo
O advogado Givanildo Gomes, que atua na defesa do professor acusado de assediar sexualmente alunos do Colégio Salesiano São Gonçalo, alegou a inocência do seu cliente e disse já ter entregado à Polícia um termo de apresentação espontânea do docente.
“O meu cliente alega inocência de todos os fatos e nós vamos esclarecer e comprovar isso no processo”
“O meu cliente alega inocência de todos os fatos e nós vamos esclarecer e comprovar isso no processo”, afirmou o advogado ao MidiaNews.
“Nós já fizemos, inclusive, a apresentação de um documento, um termo de apresentação espontânea, entregue para a autoridade policial, o presidente do inquérito, colocando-o à disposição para prestar os seus esclarecimentos no interesse do processo”, completou.
Givanildo alegou, ainda, não ter tido acesso ao inquérito e não saber que provas constam contra o seu cliente.
“Eu ainda não tive acesso ao processo e não posso dizer para você o que está nos autos. Ainda não chegou para a defesa, e nem para o meu cliente, nenhum documento formal o intimando para prestar esses esclarecimentos. Mas ele já se colocou à disposição”.
Sobre os prints de conversas atribuídos ao professor e divulgados pelo MidiaNews, na manhã de sexta-feira (1), Givanildo disse não haver nenhuma prova contra o seu cliente.
“Pelo que a gente verificou, esses prints não têm nada que condenem ou que atraia uma conduta ilícita”, afirmou.
Mais especificamente sobre o trecho em que o suposto professor pede ao aluno “nudes ou videozinhos” em forma de barganha para modificar a nota de uma prova, o advogado questiona a veracidade das imagens.
“Ainda não chegou para a defesa, e nem para o meu cliente, nenhum documento formal o intimando para prestar esses esclarecimentos”
“Até então, a gente não sabe se é verídica a natureza desses prints”, afirmou.
“Ele alega inocência e pretende esclarecer esses fatos formalmente no processo. Inclusive ele não tem ainda conhecimento do teor integral dessas acusações”.
O caso
Na quinta-feira (30), o MidiaNews publicou, com exclusividade, uma reportagem sobre o áudio da mãe de uma das vítimas, que expôs o caso a outras mães do colégio. Ao menos outras três famílias teriam denunciado o caso à Polícia.
Segundo a mulher, o professor “barganhava e usava a instituição como bengala, usando as crianças como reféns”.
Ela narra no áudio que, quando o filho lhe contou o teor das conversas, ela pensou que o professor estava sugerindo algumas aulas de reforço.
“Meu filho disse que o professor falou que ele não iria passar de ano só se não quisesse. Eu achei que ele poderia estar sugerindo aulas particulares”.
“Mas ele o abordou falando que queria trocar notas por safadezas, que nós sabemos que é o ato sexual. Quando os meninos negaram, ele disse que queria fotos ou vídeos”, disse.
O caso está em segredo de justiça e é investigado pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente de Cuiabá (Deddica).
(MidiaNews)