Com recesso, processo contra Edna na Câmara tende a se arrastar até agosto

Com recesso, processo contra Edna na Câmara tende a se arrastar até agosto
Rodinei Crescêncio/RDNews

A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Cuiabá definiu que a vereadora Edna Sampaio (PT) terá cinco reuniões para se defender da acusação de quebra de decoro, pelo recolhimento da verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinente, Laura Natasha Abreu. O caso foi revelado com exclusividade pelo .

Desta forma, o processo se arrastará no mínimo até o mês agosto, já que o prazo passa a contar a partir da notificação da investigada e de sua defesa. Neste meio caminho, ocorre o recesso parlamentar, de duas semanas, programado para 17 julho a 2 de agosto.

Vereadores cobraram celeridade na apuração, no entanto, para o relator, Kassio Coelho (Patriota), os membros da Comissão estão sendo “atacados” injustamente e frisou que há um regimento a ser seguido, sendo necessário conceder tempo para a petista.

“Não tenho dúvida em questão ao nosso trabalho. Há alguns embates, críticas, ofensas e pessoas tentando atrapalhar o trabalho dessa Comissão, falando coisa que não deve, por falta de respeito com a gente e com a nossas famílias. Também a fala de alguns colegas aqui, muito ruins e distorcidas contras está Comissão. Não sabe nem o que está falando […] não tem agilidade no trabalho, tem que ter prazo, tem norma, tem um regimento a ser cumprido”, disse ele na sexta, 30 de junho.

Durante o encontro, a Comissão votou pelo arquivamento dos pedidos protocolados pelo suplente de vereadora, Eleus Amorim (Cidadania) e do advogado Juliano Rafael, de Sapezal, por falta de documentos. Além do arquivamento do pedido realizado pelo Movimento Cuiabá Sem Corrupção, por não haver a identificação do autor do requerimento.

Desta forma, apenas o pedido do vereador Luis Cláudio (PP) possui validade e tem norteado as investigações. Nesta sexta, a Comissão aprovou a anexação de mais um pen drive, protocolado pelo progressista e que será analisado pela Comissão.

O caso

Edna se tornou alvo de processo disciplinar por suposta quebra de decoro parlamentar após o divulgar prints de transferências, conversas e áudios que revelaram a transferência de quatro parcelas da Verba Indenizatória da sua então chefe de gabinete para uma conta que tem a petista como titular. A parlamentar nega a prática de “rachadinha”, mas os recursos eram administrados por seu marido, Willian Sampaio, que não é servidor do gabinete.

Em sua oitiva, Laura negou que tivesse acesso aos gastos reais, mas disse que fazia o relatório de atividades das ações em que os valores teriam sido empregados.

Mesmo com o caso vindo à tona, a prática continuou sendo feita, conforme revelou a atual chefe de gabinete, Neusa Batista Pinto, que já transferiu mais de R$ 40 mil para uma conta conjunta desde que assumiu a vaga de Laura, em janeiro deste ano. A própria vereadora reconheceu que segue centralizando o recebimento dos recursos e garante que não há irregularidade.

( Rdnews)

 

Astrogildo Aécio Nunes

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