Abílio: PT usa briga para abafar transfobia com deputada de MG
O deputado federal Abílio Junior (PL) voltou a se defender das acusações de transfobia contra a deputada Érika Hilton (PSOL-SP). Disse estar sendo alvo do Partido dos Trabalhadores (PT), que tenta, segundo ele, acobertar notícias de transfobia em um grupo do WhatsApp contra a deputada Duda Salabert (PDT-MG).
A acusação contra Abílio ocorreu durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os ataques do dia 8 de janeiro, na semana passada, quando o senador Rogério Carvalho (PT-SE) acusou Abílio de dizer que Érika – que é uma mulher trans – estava “oferecendo serviços” durante a reunião parlamentar.
Érika usou as redes sociais para divulgar que pediu ao Conselho de Ética, juntamente à bancada federal do PSOL, a cassação de Abílio por transfobia e misoginia.
“Alguém foi no ouvido dele [Rogério Carvalho] falar que falei alguma coisa. Ainda que fosse essa frase [oferecendo serviços], não caracterizaria motivo para chamar de homofobia ou transfobia”, disse ele em entrevista à Rádio CBN de Cuiabá.
“Quem sofreu transfobia dentro do grupo do WhatsApp do PT foi a Duda Salabert, que estava querendo ser candidata a prefeita”
“Quem sofreu transfobia dentro do grupo do WhatsApp do PT foi a Duda Salabert, que estava querendo ser candidata a prefeita [em Minas]. Parece que o PT não estava querendo deixar. Entendo que ter me acusado ali foi uma cortina de fumaça, uma estratégia para esconder o que estava rolando”, acrescentou.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a possibilidade da deputada Duda Salabert concorrer à Prefeitura de Belo Horizonte e ter apoio do PT gerou uma confusão no grupo de WhatsApp nacional do partido.
O vice-presidente da sigla, Washington Quaquá (PT-RJ), se opôs ao nome da pedetista e chegou a ser chamado de preconceituoso pela líder da secretaria LGBT, Janaina Oliveira. Em seu primeiro mandato, Duda é uma das duas primeiras mulheres transexuais a chegar no Congresso Nacional. A outra é Érika Hilton.
Abílio citou a repercussão da reportagem da Folha e disse que o PT usa o episódio dele contra Érika para abafar o caso.
“Na hora, no calor do momento, não tem como saber sobre isso. Se eu soubesse, tinha dito lá na hora [durante a sessão] e falava que me acusam de algo que estão praticando no WhatsApp [do PT]”, resumiu.
(MidiaNews)
