Suspeito de integrar núcleo financeiro do CV alega cirurgias no joelho, mas juiz mantém prisão

Suspeito de integrar núcleo financeiro do CV alega cirurgias no joelho, mas juiz mantém prisão
Divulgação

O juiz Jean Garcia de Freitas, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, rejeitou o pedido de revogação da prisão preventiva de Felipe Bruschi, investigado no âmbito das operações Mandatário e Impacto, ambas voltadas à desarticulação do Comando Vermelho em Mato Grosso. No pedido, os advogados alegaram que a Penitenciária Central do Estado (PCE) não fornece as condições necessárias para que o custodiado seja submetido a uma cirurgia em ambos os joelhos.

O juiz, porém, entendeu que o pós-cirúrgico é simples e não se enquadra nas possibilidades previstas no Código Penal como debilidade extrema. Conforme laudo do ortopedista de Felipe Bruschi, os cuidados pós-operatórios incluem uso de muletas e sem carga por duas semanas, manter os cuidados da ferida operatória com assepsia (álcool 70% diariamente), o paciente deve dobrar e esticar o joelho e a realização de fisioterapia periódica.

“Logo, verifica-se que referido parecer médico não trouxe a lume a debilidade extrema a que se refere o art. 318, II do Código de Processo Penal; ao contrário, os procedimentos indicados na declaração aparentam ser simples e não dependem de aparato tecnológico ou de difícil acesso para sua consecução, não constando do laudo menção a riscos graves, de sequela ou afins que pudessem vir a acometer o acusado na eventualidade de este ser cuidado intramuros”, concluiu o juiz.

(HNT)

Astrogildo Aécio Nunes

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