Stopa garante que município cumprirá prazo imposto pelo MP para analisar projeto do BRT
O secretário municipal de Obras e vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), garantiu que a Prefeitura da capital cumprirá o prazo de 45 dias concedido pelo Ministério Público para analisar os documentos do projeto do BRT – Bus Rapid Transit – proposto pelo Governo do Estado.
O prazo foi acordado em reunião nesta quarta-feira (17), na sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá. A discussão contou com a participação de representantes do Paiaguás, do consórcio responsável pelas obras e técnicos da Prefeitura de Cuiabá.
“Primeiro, temos que parabenizar o Ministério Público (MP) por esta reunião. Hoje ficou claro que o consórcio e o Estado não tinham os documentos necessários. Por parte da Prefeitura de Cuiabá, em 45 dias como foi acordado hoje, nos traremos a análise de todos os documentos enviados pelo consórcio e pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra)”, asseverou Stopa.
Ainda segundo ele, a análise será meticulosa e envolverá diversas pastas da Prefeitura, como a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Secretaria Municipal de Obras e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável (SMADESS), para que a obra, de fato, seja bem aproveitada pela população e não gere ainda mais transtornos, uma vez que os cuiabanos ainda enfrentam problemas pela não implementação do Veículo Leve Sob Trilhos (VLT), cuja não conclusão da obra deixou estragos por toda a cidade.
“Drenagem, iluminação, impactos de trânsito, são uma série de análises que precisam ser feitas. São necessárias para que a gente não tenha uma obra que ao contrário de trazer benefícios pode trazer prejuízos. Então, o nosso entendimento da Prefeitura de Cuiabá é que o município tem sim que fazer essas análises e a dar o parecer técnico de cada processo”, afirmou.
GUERRA DOS MODAIS
Inclusive, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) está em Brasília nesta quarta-feira (17) para discutir o trajeto do “VLT Cuiabano” e a inclusão da obra no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) III, financiada pelo Governo Federal. Stopa acredita que, caso a proposta seja chancelada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que controla a concessão dos recursos do Programa, não haverá novo imbróglio entre os modais.
“Se resgatar [o VLT] não caberá o BRT da forma que está sendo concebido hoje. Não é um impasse. Se o projeto do VLT for cadastrado no PAC não teria imbróglio nenhum. Caberia à Prefeitura determinar o início das obras e a licitação”, concluiu.
(HNT)