Servidores da Sema-MT são investigados por supostas fraudes na liberação de licenças ambientais

Servidores da Sema-MT são investigados por supostas fraudes na liberação de licenças ambientais
Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) — Foto: Secom/MT

Ao menos cinco servidores da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) de Mato Grosso são investigados por suposta organização criminosa na liberação de licenças ambientais fraudulentas, de acordo com três inquéritos abertos pelo Grupo de Atuação Especial contra Crime Organizado Ambiental (GAECO).

Em nota, a Sema negou as ilegalidades e disse que contribui com a polícia durante as investigações. A pasta informou que os servidores continuam no exercício do cargo público e que medidas administrativas serão tomadas quando as acusações forem mais concretas.

Ao g1, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Carreira dos Profissionais do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sintema-MT), Carlos Augusto Gomes, informou que os funcionários não foram intimados e que condena qualquer ato ilícito praticado pela categoria.

O presidente disse ainda que os profissionais não foram julgados e não foram condenados, então continuam no cargo até que se prove o contrário dentro do devido processo legal.

Segundo o inquérito, o grupo teria simulado contratos e inserido informações falsas no sistema da Sema, como laudos, estudos e relatórios ambientais com nomes de possíveis ‘laranjas’ para obter um crédito a ser transferido para outras empresas, que, segundo a polícia, também seriam ‘laranjas’. Com isso, o grupo conseguia fraudar as licenças ambientais.

Esses créditos seriam transferidos para empresas que possuíam madeiras de origem desconhecida, sendo fruto de desmatamentos não autorizados na floresta amazônica, de acordo com a polícia.

Em outras situações, conforme a investigação, esses valores seriam repassados até mesmo para outras empresas que somente existem no ambiente virtual.

Segundo a polícia, o grupo atuava no setor de recursos florestais dentro da Sema que, em tese, exercia análise tendenciosa com inserção de informações inadequadas, atendendo interesses de terceiros para obter uma vantagem indevida nos pareceres e vistorias de processos de licenciamento para planos de manejos florestais.

A Polícia Civil informou que segue com a investigação.

(G1MT)

Astrogildo Aécio Nunes

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