Senador diz desconhecer repressão da Ditadura Militar e condena atual extremismo entre esquerda e direita
O senador mato-grossense Jayme Campos relembrou, durante o PodOlhar, sua militância no Partido Democrático Social (PDS), sucessor da Arena, criado durante o regime militar para apoiar o governo. Campos destacou sua atuação como primeiro presidente do diretório municipal do partido em Várzea Grande, iniciada em 1981, e comentou sobre o período da ditadura militar no Brasil.
O parlamentar afirmou que não se envolveu politicamente durante a ditadura, iniciada em 1964, por estar focado em outras atividades, mas avaliou o regime como responsável por realizações importantes no país, especialmente em Mato Grosso. “Acho que o governo militar teve grandes realizações, sobretudo aqui no Estado do Mato Grosso, vamos ser honestos, né? Fazendo grandes obras estruturantes. Só essa abertura da BR-163, que foi parar no Pará, de fato, eles têm o seu valor, o seu mérito”, disse.
Questionado sobre a repressão e as violações de direitos humanos no período, Campos disse não ter conhecimento direto sobre os eventos. “É, falam muito isso aí, né? Se teve repressão, pode até ter tido. Entretanto, eu não participei, não sei de que forma foi feita essa repressão”.
O senador também abordou o atual cenário político brasileiro, destacando o que considera um aumento do radicalismo ideológico de esquerda e direita. Para Campos, a polarização prejudica o desenvolvimento do país. “Chegamos num momento, no Brasil, assim, de esgarçamento do campo ideológico e político, né? Fazer política com radicalismo não é bom, não faz bem para a sociedade. Muito pelo contrário, acho que isso é um atraso.”
Definindo-se como político de centro, Jayme afirmou que seu foco está em contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. O senador também comentou sobre os desdobramentos dos atos de 8 de janeiro, reforçando a necessidade de punições dentro da lei para os responsáveis e ressaltando a importância da ampla defesa e do contraditório no processo judicial.
Campos concluiu expressando expectativa de que a polarização ideológica e as tensões políticas sejam superadas para garantir estabilidade e avanços no país.
(Olhar Direto)
