Senador considera que aprovar Reforma sem conhecer números é “assinar cheque em branco”

Senador considera que aprovar Reforma sem conhecer números é “assinar cheque em branco”
Mayke Toscano/Secom-MT

O senador Jayme Campos (União Brasil) comparou a aprovação da PEC 45/2019 da Reforma Tributária, nos moldes encaminhado ao plenário do Senado, a assinar um “cheque em branco” ao presidente Lula (PT). O mato-grossense disse que até agora não foram apresentados os números sobre a cobrança dos novos impostos criados a partir da matéria e pediu “regras mais claras”.

“Espero que a gente tenha regras mais claras. Estão criando dois tributos. Nós temos que ter os números. Até agora, não temos um número sequer, como vai aprovar uma reforma e dar um cheque em branco para o governo federal fazer uma lei completar?”, questionou Campos.

O texto passou pela Câmara dos Deputados de forma acelerada. A proposta, que promete simplificar o sistema tributário, dá origem ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que englobaria o ICMS e o ISS, e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que equivaleria ao PIS e Cofins, porém, não expõe alíquotas.

Jayme adianta que, no Senado, a discussão será mais alongada. “Temos que nos debruçar para estudar e ver os números”, disparou o político em entrevista à Rádio Conti, nesta quarta-feira (19). “Lá, vai demandar muito mais tempo, porque nós somos 81 senadores”, complementou o parlamentar, que já participou da construção de diversas pautas polêmicas no Congresso, em Brasília.

O membro da bancada mato-grossense ainda chamou atenção para a fala do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao jornal Folha de S. Paulo. De acordo com Jayme, a intenção de Pacheco é de enviar a matéria apenas à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o que implicaria em uma avaliação rasa, na sua opinição.

“Uma coisa que me chama atenção é uma declaração do Rodrigo Pacheco, dizendo que vai passar só pela CCJ. Imagino que ele teria que também tramitar pela Comissão de Assuntos Econômicos, que tudo tem a ver com a Reforma Tributária”, pontuou Campos.

(HNT)

Astrogildo Aécio Nunes

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