Polícia Legislativa não acha elementos comprovando transfobia de Abílio
“Quanto à faixa de áudio armazenada no mesmo arquivo de mídia, após tratamento, especialmente com a supressão de partes do sinal provenientes da fonte sonora principal (fala da Deputada Erika Hilton) e considerando a percepção auditiva do examinador, constatou-se fragmento de fala que se assemelha aos termos “tem serviço”, porém de entendimento duvidoso, podendo variar conforme a compreensão de cada ouvinte”, diz trecho do documento.
Ainda segundo a investigação, as imagens examinadas de CFTV do Senado Federal examinadas não cumprem os requisitos de incidência e de resolução/nitidez para correta detecção dos limites e estruturas faciais do deputado Abílio, bem como não registram/armazenam sinal de áudio, impossibilitando análises relacionadas à voz e à fala do deputado.
O pedido de investigação contra Abílio foi feito pelo presidente da Comissão, senador Arthur Maia (UB-BA), após acusação feita pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), de que Abílio teria falado que a deputada Erika estava “oferecendo serviços”, ao não gostar do argumento da deputada de que ele estava tumultuando a sessão por estar “carente de atenção”.
Outros parlamentares, como a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), confirmaram a versão de Rogério Carvalho. Arthur Maia disse que iria solicitar a revisão das imagens da sessão.
Pedido da PGE
Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o deputado federal Abílio Brunini (PL) seja investigado por transfobia contra Erika Hilton. A informação sobre o pedido por intermédio da procuradora Raquel Branquinho, divulgado pela CNN, na quinta-feira (20).
De acordo com a reportagem, a procuradora destaca que embora os argumentos apresentados pelo parlamentar, rechaçando que tenha cometido transfobia em seu momento de fala, os fatos precisam de apuração, inclusive com análise de sistema audiovisual do local onde ocorrem os debates, com investigação nas câmeras de filmagens, depoimentos de testemunhas e demais diligências cabíveis.
(Rdnews)