Polícia Federal e Ibama encerram operação contra extração ilegal de ouro no rio Teles Pires

Polícia Federal e Ibama encerram operação contra extração ilegal de ouro no rio Teles Pires
PF/MT

A Polícia Federal e o Ibama encerraram nesta quarta-feira (1º) os trabalhos da “Operação Drakkar” que tinha como objetivo combater a extração ilegal de ouro no Rio Teles Pires no município de Paraníta (837 km de Cuiabá). Estima-se um prejuízo imediato aos infratores que ultrapassa R$ 5 milhões.

As ações integradas ocorreram em áreas identificadas em investigações da Polícia Federal e levantamentos do Ibama para as quais não havia permissão de lavra garimpeira. Constatou-se que garimpeiros vinham atuando ilegalmente em áreas protegidas de forma reincidente, como demonstrado pelo monitoramento de imagens por satélite, persistindo na prática de delitos com enorme potencial de devastação ambiental.

Nos dois dias de atuação das equipes formadas por agentes da Polícia Federal e do Ibama, foram feitas infiltrações de barcos pelo rio, para abordagem de áreas indicadas pelas análises, com a identificação de um grande número de frentes de lavras com equipamentos de extração já instalados e operando.

Foram localizadas 20 balsas, operando com dragas (conjunto motor-bomba de recalque), que atuavam fora de áreas abrangidas por permissão de lavra emitida pela Agência Nacional de Mineração (ANM), causando impactos significativos em uma área de grandes remanescentes de natureza preservada. Levantamentos preliminares apontam a ocorrência de danos ambientais imediatos no valor de R$ 20 milhões com a mineração.

Todo o material utilizado na atividade ilegal foi inutilizado ou destruído, a fim de estancar as ameaças ao Meio Ambiente e coibir novas investidas do grupo criminoso com o aproveitamento desses instrumentos, cujo transporte seria inviável nas circunstâncias encontradas.

As forças do Estado continuam em ação integrada na região norte do estado de MT para combater os crimes ambientais de forma imediata, prosseguindo nas investigações para identificação e responsabilização de todos os envolvidos, visando, dentre outras medidas, representar na esfera judicial pelo perdimento de bens para reparação dos danos ambientais impostos à sociedade.

As penas somadas dos crimes referentes ao garimpo ilegal chegam a 6 anos de prisão.

(HNT)

Astrogildo Aécio Nunes

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