Novo incêndio atinge Chapada e brigadista desabafa: “não vai sobrar nada”; veja vídeo
Um incêndio que havia sido controlado entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães (62 km de Cuiabá) voltou neste domingo (8) e agora atinge a região do Vale da Benção, na margem da MT-251. Brigadistas acreditam que o novo incêndio seja criminoso e alertam para a possibilidade de “não sobrar nada”, em razão do descontrole das e da falta de mais equipamentos para o comante.
“Apesar de todos os esforços, de tudo que a gente desprendeu de energia e recursos financeiros e materiais, o fogo avançou, cruzou todas as nossas linhas de defesa e estamos a mercê dele agora. Mais dois dias ou três, no máximo, não sobrará absolutamente nada dentro de todo conjunto do Vale da Benção”, alertou o brigadista Marcos Sguarezi e um dos proprietários do Vale da Benção. O local concentra importantes nascentes que contribuem com o Pantanal.
Conforme já reportado pelo HNT, segundo o Instituto Brasileiro Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável por toda área do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, cerca de mais de sete mil hectares de área de preservação já foram consumidos pelos incêndios na região.
“Não aguentamos mais! Estamos há 12 dias virando dia e noite. Houve essa reincidência de fogo que tudo indica que foi de forma criminosa. O ICMBio já tinha controlado aquele incêndio que vinha do Coxipó do Ouro e nós combatendo com o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, brigadistas nossos, voluntários. Do nada, o fogo reiniciou em uma condinção que não tinha condição de recomeçar”, alertou Sguarezi.
O brigadista ainda explicou que se houvesse aeronaves fazendo o despejo de água na região já nas primeiras horas desta segunda-feira (9), seria possível diminuir a proporção do fogo.
O combate principal é planejado pelo ICMBio, responsável pelo parque nacional. A Defesa Civil de Mato Grosso atua no controle. A Prefeitura de Chapada dos Guimarães disse acompanhar a situação e que colocou a disposição os equipamentos da gestão, a mas reforçou a responsabilidade do ICMBio nas ações de resposta.
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(HNT)