Mulher é encontrada morta, sem roupa e com sinais de espancamento
Ludmilly de Barros Borges, de 29 anos, foi encontrada morta, sem roupa e com sinas de espancamento na própria casa, em Itaquaquecetuba, região metropolitana de São Paulo, por volta das 9h de domingo (3). O namorado da vítima é suspeito do crime e foi preso.
O homem de 38 anos foi o responsável por acionar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Ele disse à equipe médica que, quando acordou, a companheira já estava sem vida.
A Polícia Militar então foi chamada para uma ocorrência de morte suspeita. A mulher foi encontrada nua na cama, com hematomas num braço e no punho direito e sinais de esganadura no pescoço.
Também foram achados tufos de cabelo no lixo e fios espalhados no chão do banheiro. Quando questionado, o suspeito disse que ele e a companheira foram a um bar no sábado (2) e, na volta, houve uma discussão, e ele chegou a puxar o cabelo da mulher.
Já na residência, conforme informado pelo suspeito, a vítima teria ido ao banheiro e passado a cortar os próprios cabelos.
O homem afirmou ainda que, após acalmarem os ânimos, o casal teve relação sexual e dormiu em seguida. Ele disse que a encontrou já sem vida quando acordou.
Histórico de agressões
A irmã da vítima relatou, no registro do boletim de ocorrência, que Ludmilly estava havia cinco anos com o suspeito, com quem tem um filho de 4 anos.
Ela também informou que eles já se separaram por conta de agressões e violência doméstica sofrida por Ludmilly. Em 2022, ela chegou a registrar um boletim de ocorrência na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Itaquaquecetuba e pediu uma medida protetiva.
O homem descumpriu a medida e disse que tentava reatar com Ludmilly.
A irmã da vítima afirmou que ela tinha uma cicatriz na boca provocada por uma garrafada dada pelo companheiro — que, segundo ela, era violento, possessivo e ciumento. Disse ainda que não acredita que a irmã tenha cortado os próprios cabelos, pois era muito vaidosa.
A testemunha relatou que o homem já foi preso por feminicídio da mulher com quem se relacionou antes de Ludmilly. Segundo informações do boletim, o suspeito responde a quatro processos, três deles por violência doméstica, que resultou em medida protetiva.
O preso confirmou que tem antecedente criminal por lesão corporal em situação de violência doméstica e também por receptação.
A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do suspeito, que foi concedida pela Justiça de São Paulo.
O caso foi registrado cna delegacia central de Itaquaquecetuba como suspeita de feminicídio e violência doméstica com descumprimento de medida protetiva de urgência.
(AgoraMT)