Mauro cobra “reforma madura” ao tentar postergar votação da matéria para volta do recesso
O governador Mauro Mendes (UB) tenta convencer o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o relator do projeto de lei da Reforma Tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), a passarem a votação da matéria para o retorno do recesso. Lira estipulou esta quinta-feira (6) como data limite para proposições de mudanças antes de o PL entrar para a Ordem do Dia do plenário. Mendes justifica que é necessário amadurecer a discussão em torno do texto apresentado há cerca de uma semana.
O chefe do Paiaguás está em Brasília e, nesta terça-feira (4), foi recebido por Aguinaldo. Mendes estava acompanhado do secretário de Estado da Fazenda (Sefaz-MT), Rogério Gallo, e do ex-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho (UB), que será empossado nesta quarta-feira no Senado. Na audiência a portas fechadas com o relator, o governador destacou que apoia a Reforma, porém, pontuou que a modernização do sistema tributário é empurrada há mais de quatro décadas no Brasil e agora querem viabilizá-la no “afogadilho”.
“Apoio os princípios que o Brasil precisa fazer a Reforma Tributária e fazer rápido. Agora, não dá pra entregar um texto em uma semana e chegar nessa semana querer votar rapidamente algo que vai impactar na vida de todos os brasileiros”, destacou Mauro Mendes em entrevista à Jovem Pan News, na noite desta terça.
“Vai trazer impacto para a indústria, agronegócio, municípios, Estado, União e não tem no Congresso nenhuma lei que ela é capaz de mexer com 100% de cada pessoa do país. Isso tem que ser feito com responsabilidade e maturidade”, completou o governador.
De acordo com Mendes, Aguinaldo chegou a fazer alguns acordos, mas não se comprometeu em postergar a votação.
“Ele ouviu atentamente e fez até alguns compromissos, mesmo com isso, acho que essa discussão precisa amadurecer um pouco mais para que votemos”, asseverou Mauro. “Não dá para fazer isso a contragosto, é melhor que isso vá para agosto, setembro (…) mas que haja um amadurecimento”, disse Mauro à reportagem.
(HNT)