Mato-grossense presa durante invasão ao Palácio do Planalto é condenada a 17 anos de prisão

Mato-grossense presa durante invasão ao Palácio do Planalto é condenada a 17 anos de prisão

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Rosely Pereira Monteiro, moradora de Colíder (650 km de Cuiabá), a 15 anos e meio de reclusão e um ano e seis meses de detenção, além do pagamento de 100 dias-multa pela participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A pena será cumprida inicialmente no regime fechado. Julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) foi finalizado na sexta-feira (24).

À polícia, Rosely Pereira confirmou que foi presa dentro do Palácio do Planalto durante a invasão que culminou na depredação das sedes dos Três Poderes. Ela também admitiu que ficou acampada em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, para protestar contra o governo legitimamente eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e para ‘impedir que mulheres e crianças fossem feitos de escravos sexuais’.

Em depoimento ao relator da ação penal, ministro Alexandre de Moraes, Rosely tentou alegar que entrou no Palácio do Planalto para se proteger de bombas que estavam sendo lançadas contra os manifestantes. Contudo, de acordo com o voto seguido pela maioria, a participação da mato-grossense na depredação que objetivava a abolição violenta do Estado Democrátido de Direito ficou comprovada em laudo pericial.

Em áudios extraídos do celular da ré, ela, inclusive, destacou sua proeminência nas invasões. “Você nem sabe, nós invadimos aqui o Congresso eu fui uma das primeiras turma, da primeira turma que invadiu”, diz.

No fim, Rosely Pereira Monteiro acabou condenada pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

(HNT)

Astrogildo Aécio Nunes

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