Mais antiga representação de pesca é encontrada em gravuras da Idade do Gelo

Mais antiga representação de pesca é encontrada em gravuras da Idade do Gelo
A mais antiga representação de pesca é encontrada em gravuras da Idade do Gelo — Foto: LEIZA

Gönnersdorf, na Alemanha, é um local de assentamento da fase final da última era glacial, datada de 15,5 mil anos atrás. Ali, pesquisadores encontraram placas de pedra de xisto (uma rocha metamórfica) com gravuras que contêm a mais antiga representação de práticas de pesca da Era do Gelo. A descoberta foi publicada na revista PLoS One nesta quarta-feira (6).

Quando foi encontrado em 1968, Gönnersdorf revelou vestígios de um assentamento bem preservado e protegido por uma camada de pedra-pomes de erupção vulcânica. O lugar se tornou mundialmente famoso devido a centenas de gravuras de mulheres humanas estilizadas.

Em escavações anteriores, pesquisadores descobriram várias habitações e mais de 81 mil artefatos de pedra, estatuetas, ferramentas, peças de armas, joias e objetos artísticos de marfim e osso.

Desenhos em forma de grade podem representar redes ou armadilhas de pesca — Foto: 2024 Robitaille et al./PLoS One
Desenhos em forma de grade podem representar redes ou armadilhas de pesca — Foto: 2024 Robitaille et al./PLoS One

Desta vez, pesquisadores descobriram desenhos em forma de grade que podem representar redes ou armadilhas de pesca. Os achados, divulgados nesta quinta-feira (7) pela Universidade de Durham, na Inglaterra, foram feitos por meio de técnicas avançadas de geração de imagens.

“Ao estudar a natureza das marcas de corte que formam as gravuras, a pesquisa está começando a identificar artistas individuais e seus ‘estilos’ particulares”, afirmou o Centro Leibniz de Arqueologia (LEIZA).

Segundo a instituição, a descoberta fornece um vislumbre das práticas sociais dos caçadores-coletores do Paleolítico Superior Tardio. Ainda, sugere que a pesca pode ter tido um significado simbólico no período, cerca de 20 mil a 14,5 mil anos atrás.

“Essas descobertas expandem o repertório conhecido da arte da Idade do Gelo e oferecem deslumbres notáveis ​​sobre as práticas simbólicas e sociais das primeiras sociedades de caçadores-coletores”, diz um comunicado da Universidade de Durham.

(Redação Galileu)

Astrogildo Aécio Nunes

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