Júlio Campos diz que prejuízos com reforma só será sentida em 2027

Júlio Campos diz que prejuízos com reforma só será sentida em 2027
Foto: Edson Rodrigues

O deputado estadual e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Júlio Campos (UB) falou com a imprensa e disse sobre os impactos que a reforma tributária pode causar em MT pós-governo Mauro Mendes (UB). O parlamentar defende a união da bancada de MT e de outros estados que vão perder com a reforma, caso o texto seja aprovado do jeito que está. A fala é da manhã desta quarta-feira, 5 de julho.

“Mato Grosso até agora muito bem organizado economicamente, financeiramente. Mas o que nos preocupa realmente é essa nefasta reforma tributária, é necessário ser feita, mas da maneira como está sendo feita vai ser muito prejudicial aos estados do centro-oeste, aos estados do norte e alguns estados do nordeste […] então a bancada federal de Mato Grosso, nossos senadores, deputado tem que unir ao governador Mauro Mendes, tem que unir as nossa os estados vizinhos, Goiás, Tocantins, Rondônia, Acre, Amazonas, esse estado todos para podermos exigir do relator da matéria, deputado Agnaldo Ribeiro, que ele mude a maneira como está sendo esse projeto da reforma tributária”, disse.

O deputado explicou que com a reforma a taxação dos impostos será nos estados consumidores e os estados que exportam como é o caso de Mato Grosso que perde arrecadação, inclusive pode perder o Fethab que é uma fonte segura de recursos hoje.

“Mato Grosso produz muito, mas não consome tanto. A população nossa é de três milhões e meio de habitantes enquanto São Paulo tem quarenta e quatro milhões de habitantes, Minas Gerais tem vinte e tantos milhões de habitantes, Rio de Janeiro ou o centro-sul do país será o grande beneficiado. Além disso, proíbe os incentivos fiscais. E proíbe também os fundos estaduais, por exemplo, Fethab que hoje uma fonte segura de arrecadação de cerca de três bilhões de reais ano a partir da reforma tributária não poderemos ter mais o FETHAB sendo cobrado aqui no estado de Mato Grosso. Tudo vai pro Fundão Nacional e esse fundão lá em Brasília sobre o comando do governo federal que já é um patrão ruim para os estados pequenos e pobres vai ficar numa situação desagradável porque nós vamos depender da boa vontade do governo federal”, explicou.

O deputado conclui dizendo que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que está para ser apreciada na quinta-feira (5) não contempla a possível perda que o estado terá, tendo em vista que os prejuízos só se verá pós-governo Mendes.

“Não. Essa peça chega sem contar os efeitos da reforma. Porque não terá a curto prazo esse prejuízo para nós, prejuízo de Mato Grosso vai começar pós-governo Mauro Mendes. 2027 vai começar a ter eh presença, né? O substancial nas finanças de Mato Grosso. Mas por enquanto não. Mas o governador Mauro Mendes como um homem visionário cuidando do seu governo, mas do seu sucessor que vencerá algum cidadão que vai governar Mato Grosso e que terá essas dificuldades que não está tendo no dia de hoje”, concluiu.

(MT+MT)

Astrogildo Aécio Nunes

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