Juíza mantém prisão de advogado acusado de espancar namorada com barra de ferro em Cuiabá

Juíza mantém prisão de advogado acusado de espancar namorada com barra de ferro em Cuiabá
Reprodução

A juíza Glenda Moreira Borges, do Núcleo de Audiências de Custódia de Cuiabá, converteu a prisão em flagrante para preventiva do advogado Nauder Júnior Alves de Andrade, suspeito de tentativa de feminicídio contra a própria namorada. Ele foi preso na sexta-feira em uma clínica de reabilitação para usuários de entorpecentes, em Chapada do Guimarães (68 km de Cuiabá).
Na decisão, a magistrada entendeu que todo processo de prisão foi cumprido de forma correta e que a liberdade do suspeito põe em risco a segurança da vítima, já que ele provou ser uma pessoa instável e violenta.

A magistrada ainda determinou que o agressor poderá continuar seu tratamento na clínica, mas está impedido de qualquer contato com familiares da vítima e terá que participar de uma reunião de um “grupo reflexivo sobre gêneros” às terças-feiras.

Em nota, a Ordem dos Advogado do Brasil, seccional de Mato Grosso (OAB-MT) informou que irá acompanhar de perto o caso do advogado e que encaminhará o caso para o Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da entidade. A comissão da Mulher Advogada também acompanhará o caso.

O CRIME

Segundo relato da vítima, ela estava em casa com o agressor quando ele saiu do quarto para fazer uso de entorpecentes e, na sequência, tentou manter relações sexuais com ela, que se recusou. Após a negativa, ele passou a agredi-la com socos, chutes e xingamentos.

A mulher tentou fugir para outros cômodos da casa, mas o suspeito a alcançou e continuou o espancamento, inclusive, usando uma barra de ferro. Quando ela conseguiu pegar a chave de casa e sair até a garagem, o agressor a encontrou e novamente lhe agrediu, jogando a vítima no chão. Depois, tentou matá-la.

Durante as agressões, ela relatou ter perdido a consciência várias vezes. Quando o suspeito foi pegar a barra de ferro para continuar a agressão, ela contou que conseguiu escapar e pedir ajuda na portaria de um condomínio, nas proximidades da residência dela. Os policiais militares realizaram buscas na área próxima, mas o suspeito não foi encontrado.

O aparelho celular da vítima foi levado pelo agressor no momento em que ele fugiu da residência, a fim de impedi-la de acionar socorro da família.

(HNT)

Astrogildo Aécio Nunes

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