Estátua encontrada em templo no Egito pode ser busto raro de Cleópatra
Uma pequena estátua de mármore branco, encontrada sob a parede de um templo na antiga cidade egípcia de Taposiris Magna, está no centro de um debate arqueológico. A peça cabe na palma da mão e retrata uma figura feminina usando uma coroa real. Para alguns, ela pode representar Cleópatra, última rainha da dinastia ptolemaica. Mas isso não é consenso.
Cleópatra VII, que governou de 51 a 30 a.C., foi uma figura da história egípcia conhecida por seus romances com Júlio César e Marco Antônio. A mais famosa rainha do Egito nasceu no ano de 69 a.C. herdeira do conquistador Alexandre Magno.
Kathleen Martinez, líder da equipe de escavação egípcio-dominicana, defende que a estátua tem características que remetem à famosa rainha. “A descoberta fortalece a ligação do local com Cleópatra e com o período final da dinastia ptolemaica”, afirmou em comunicado no Facebook do Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito.
A descoberta da estátua
A estátua foi encontrada em um “depósito de fundação”, prática comum no antigo Egito em que objetos eram enterrados antes do início da construção de estruturas importantes. Ela não foi a única descoberta de destaque em Taposiris Magna, cidade fundada por volta de 280 a.C.
Próximo ao busto feminino, arqueólogos encontraram um fragmento de outra estátua, representando um rei com o “Nemes”, um tradicional adorno faraônico. Além disso, a equipe desenterrou 337 moedas, muitas com imagens de Cleópatra VII, e artefatos como lâmpadas de óleo, um anel de bronze dedicado à deusa Hathor (entidade egípcia com cabeça de vaca) e um amuleto com a inscrição “A justiça de Rá surgiu”.
Liderada por Martinez há mais de uma década, a missão também localizou restos de um templo grego do século 4 a.C., destruído entre o século 2 a.C. e o início do período romano. Próximo a esse templo, foi descoberta ainda uma necrópole com pelo menos 20 túmulos.
Martinez e sua equipe têm explorado extensivamente o local, incluindo um vasto túnel subterrâneo e áreas submersas, onde foram identificados restos humanos, cerâmica e estruturas ainda não datadas.
(Por Redação Galileu)