Emanuel rebate críticas sobre “indústria de multas” e considera “inimaginável” Cuiabá sem radares
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) avalia como equivocado o compromisso do prefeito eleito Abilio Brunini (PL) de acabar com os radares na Capital. Em seu entendimento, Abilio deveria considerar que a instalação de radares eletrônicos foi recomendada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE).
“Primeiro temos que respeitar o prefeito eleito. Ele fez um compromisso com a população, ele vai ter que cumprir, só que eu acho isso equivocado […]. Foi uma recomendação, com base no Código de Trânsito Brasileiro, do Ministério Público do Estado, para que todas as capitais, dos grandes centros urbanos do Brasil, que têm o patamar de veículos como Cuiabá. Os redutores de velocidade eletrônicos são necessários para buscar a morte zero. A paz no trânsito”, declarou o prefeito em entrevista ao jornalista Geraldo Araújo nesta segunda-feira (04.11).
De acordo com o prefeito, a Capital mato-grossense segue um contexto mundial em busca da paz no trânsito. Segundo ele, é “inimaginável” Cuiabá sem redutores de velocidade, especialmente aos finais de semana, quando o número de acidentes aumenta, causando superlotação nas unidades de saúde.
“Mas é uma indústria de multa [crítica]. É uma indústria de multas se você desrespeitar as normas do trânsito. […] Se você pilota uma moto com capacete, não carrega criança ou idoso sem capacete. Se você não dirige bêbado, se você não fala ao celular, se você não anda em alta velocidade, ultrapassando os limites permitidos. Se você cumpre todas as leis de trânsito, você não tem por que estar preocupado”, destacou o prefeito.
Emanuel orienta ao próximo prefeito que tenha franqueza ao dialogar com a população sobre o tema, bem como para aplicar políticas públicas de Estado sobre o tema.
“Deve conversar com a população, deve coibir indústria de multa, não permitir abusos, não permitir qualquer retrocesso que onere o orçamento do cuiabano. Isso é obrigação de todo prefeito. Agora, como a política de estado, de respeito ao Código de Trânsito Brasileiro, de quem busca a paz no trânsito, é inimaginável você pensar uma cidade, uma metrópole, uma Capital sem radares e eletrônico ou sem redutor de velocidade eletrônico”, afirmou Pinheiro.