Emanuel promete seguir luta por VLT em Cuiabá: “Sonho da nossa população”

O VLT havia sido projetado para a Copa do Mundo de 2014, porém, as obras nunca foram concluídas.
De acordo com Emanuel, o modal do VLT representa a modernidade e o futuro, de maneira integrada ao conforto e desenvolvimento econômico, sendo assim, não poderia ser simplesmente “descartado”.
“Só o VLT proporciona essa modernidade e esse encontro da população cuiabana com o futuro. Enquanto há vida, há esperança. Apesar da resistência, vou seguir lutando”, disse Emanuel, nesta sexta-feira (15) minutos antes de iniciar a audiência pública que debateria o traçado do BRT na Capital.
O emedebista reforçou que não vê viabilidade para a implementação do modal na Capital e projetou reverter a situação por meio de ações judiciais, para que o “sonho” de modernidade, da população, seja concluído.
Emanuel enxerga o BRT como um retrocesso para Cuiabá, e têm travado uma batalha com o governador Mauro Mendes (União Brasil), principal responsável por encabeçar a troca.
“Eu não vejo viabilidade em nenhum aspecto para o BRT. Estou tentando ainda no âmbito judicial […] ainda tenho a esperança de realizar o sonho da população cuiabana e colocar Cuiabá na linha de frente, junto com todas as capitais e grandes centros do mundo”, salientou.
Recentemente, com o avançar da obras em Várzea Grande, descobriram que o traçado do modal avançaria sobre duas das principais avenidas da cidade, o que gerou revolta e preocupação, de empresários, devido ao caos provocado anteriormente pelas obras do VLT.
Diante deste cenário, Cuiabá também descobriu que seria afetada duramente, com eventual estrangulamento da avenidas Isaac Póvoas, Getúlio Vargas e Generoso Ponce, fugindo do traçado original do VLT.
Segundo Emanuel, Mauro queria iniciar as obras na Capital sem apresentar o projeto do BRT, porém, devido as suas reiteradas cobranças, o chefe do Executivo Estadual teve de apresentar os documentos. Com a descoberta do traçado, o possível início das obras provocará um tremendo caos na cidade, já que na área central, as ruas possuem as suas particularidades.
“Inviabilizando completamente a mobilidade da cidade de Cuiabá. O trânsito de Cuiabá, o desenvolvimento urbano da cidade, além de sobrestar as linhas de transporte coletivo municipal, que é devidamente licenciado. Então, é uma baderna anunciada, e nós vamos e não podemos permitir”, pontuou o prefeito.
Denúncia de irregularidades
A Advocacia- Geral da União (AGU) recebeu a denúncia feita pelo prefeito de Cuiabá, contra as empresas do Grupo Engevix por suposta irregularidade na implantação das obras do BRT nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.
De acordo com a denúncia, protocolada por meio da Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação, empresas do Grupo Engevix (Nova Engenharia e Projetos SA, Nova Engevix Construções e Monstagens SA, Ecovix Construções Oceânicas Ingravix Participações SA e Nova Participações SA), apesar de terem celebrado acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU), em 2019, praticaram conluio com objetivo de fraudar a licitação que visou implementar as obras de transporte público integrado na região metropolitana de Cuiabá.
Segundo os documentos, os dois consórcios que disputaram a licitação tiveram as duas empresas liderando as concorrentes. Porém, as mesmas empresas participariam de consórcios conjuntamente em obras em outros estados.
(Rdnews)