Emanuel cutuca governador e diz não temer “CPI do Calote” na Câmara

Emanuel cutuca governador e diz não temer “CPI do Calote” na Câmara
Rodinei Crescêncio

Oprefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), alfinetou o governador Mauro Mendes (União Brasil), que se mostra “contrariado” com a possibilidade de instalação da CPI da Saúde e da Sema, na Assembleia Legislativa. Neste sentido, destacou que de sua parte, não vai tentar “abafar” a apuração da CPI do Calote na Câmara Municipal, que deve investigar sua gestão.

A CPI do Calote vai investigar os débitos referente aos tributos e contribuições federais que teriam sido descontados dos servidores, mas não foram repassados à União. Emanuel afirma que a dívida é referente à contribuição patronal e que nunca reteve valores descontados do funcionalismo.

O montante incluindo juros e correções, pode chegar a quase R$ 300 milhões. No entanto, para o prefeito, a apuração servirá para “atestar a boa conduta da Gestão Emanuel Pinheiro”.

“Lá [na Câmara] não tem ‘Operação Abafa’ para CPI. Quem quiser assinar a CPI, pode assinar, pode criar. Todas às CPI que tiveram lá, eu nunca interferi e todas elas serviram para dar o atestado de boa conduta da minha gestão. E essa será mais uma delas”, declarou Emanuel, nesta quarta-feira (6).

O emedebista frisou que não cometeu nenhum tipo de ilegalidade, e sendo assim, não há preocupações com a CPI. “Não fizemos nada de errado e fomos nós que utilizando a legislação, solicitamos o parcelamento. Vai ser um ótima oportunidade de mostrar a verdade, transparentemente. [Não há o que temer], zero, zero, zero. Não tem nenhum problema”, defendeu ele.

De acordo com Emanuel, a prática é corriqueira e que o próprio Mauro Mendes, à época em que deixou a prefeitura de Cuiabá, herdou o parcelamento de uma dívida. A oposição ao prefeito rejeita o parcelamento da dívida milionária para as futuras gestões e o acusam de má administração dos recursos.

Ele alega que o montante foi aplicado durante a pandemia de Covid-19, entretanto, neste período o Governo Federal destinou verbas para todas as capitais.

“O rombo é aqui, lá é dívida, dívida reconhecida como em qualquer empresa, em qualquer governo. Quando eu assumi a Prefeitura tinha um Refis que o ex-prefeito Mauro Mendes me deixou, de R$ 20 a R$ 30 milhões, isso é normal”, concluiu.

(Rdnews)

Astrogildo Aécio Nunes

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