Emanuel alfineta deputado Lúdio, defende Márcia e cita até Gleisi Hoffmann

Emanuel alfineta deputado Lúdio, defende Márcia e cita até Gleisi Hoffmann
Rodinei Crescêncio/Rdnews

Dias após o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), criticar a construção das chapas majoritárias da Federação Brasil da Esperança, nas eleições do ano passado, o prefeito de Cuiabá, que sequer faz parte do grupo, tratou de alfinetar o petista, alegando que a candidatura ao Governo de Mato Grosso foi apresentada para Lúdio, que “correu como diabo foge da cruz”.

Ao Governo, a chapa foi encabeçada pela primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), esposa de Emanuel, após negativas de Lúdio, da deputada federal à época, Rosa Neide, que buscava reeleição, e do senador licenciado, Carlos Fávaro (PSD), hoje, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

“Lúdio fala que não era para ser a candidatura da [Márcia], e não era mesmo. A Márcia era candidata a deputada estadual, nós oferecemos para o Lúdio a candidatura ao Governo, correu como o diabo foge da cruz. Oferecemos para a Rosa Neide, que é muito melhor que o Lúdio, também não queria, queria a reeleição. Oferecemos para o Fávaro [recusou]”, argumentou o emedebista.

Segundo Emanuel, Márcia, de fato, não era candidata ao Governo, mas devido a falta de coragem de lideranças políticas do PT, sua esposa renunciou aos seus projetos pessoais, como disputar à Assembleia Legislativa e concorrer como 1ª suplente na chapa de Neri Geller (PP), ao Senado, para defender o palanque de Lula (PT): “Márcia abdicou de tudo e no final, para o Lula ter um palanque, e para não ter uma eleição plebiscitária, alguém tinha que contrapor e a Márcia foi no sacrífio para garantir o palanque para o Lula”, lembrou.

Na avaliação do prefeito, a presidente nacional do PT Gleisi Hoffmann sabe da importância da atuação da Família Pinheiro, e depois do posicionamento público da petista, Lúdio “baixou a bola”, sendo necessário reconhecer as alianças firmadas, que ajudaram a eleger Lula. Hoje, o filho do gestor, deputado federal Emanuelzinho (MDB), é vice-líder do Governo na Câmara dos Deputados.

“Depois que a Gleisi Hoffmann veio aqui [em Cuiabá] ele parou um pouco, baixou, deu uma diminuída. A Gleisi só faltou falar: ‘Pessoal, para dar certo tem que falar com o MDB, com a Família Pinheiro, tem que conversar com eles, não é assim não'”, concluiu.

Hoje, três nomes despontam na Federação para disputar a sucessão de Emanuel no próximo ano, sendo dois petistas, Lúdio e Rosa Neide, e seu atual vice-prefeito, José Stopa (PV). O grupo precisará encontrar um consenso para o projeto eleitoral municipal, em uma das eleições que prometer ser das mais acirradas.

(RDNEWS)

Astrogildo Aécio Nunes

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