Documento prevê perda de mandato de vereadora de Cuiabá antes de análise em comissão

Documento prevê perda de mandato de vereadora de Cuiabá antes de análise em comissão
Victor Ostetti

A vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT), aponta que um documento teria sido assinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal determinando antecipadamente a cassação do mandato da parlamentar. O documento circulou entre os parlamentares e causou discussão na sessão desta terça-feira (19). (Veja imagem abaixo).

O processo de cassação está em tramitação na Casa Legislativa e investiga uma suposta quebra de decoro de Edna por supeita de uso indevido da verba indenizatória da ex-chefe de gabinete dela, Laura Abreu.

O documento que teria decretado a cassação sem ter passado por votação em plenário traz a assinatura do presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania). Por conta disso, Edna pediu para que ele seja afastado da investigação.

“Eu sou uma mulher honrada, uma mulher com família e história de vida, eu não vou aceitar qualquer tipo de atuação enviesada para me prejudicar, como tem sido feito até o momento. Temos vários vídeos demostrando a inimizade pública que o senhor [Rodrigo Arruda] tem contra mim”, disse a parlamentar na sessão ordinária.

Documento que teria dado a cassação da vereadora de Cuiabá — Foto: Reprodução

Rodrigo negou que tenha determinado a cassação antes mesmo da apresentação da defesa. Segundo ele, o que aconteceu foi o cumprimento de uma exigência que determina o encaminhamento de um projeto de resolução acompanhando a decisão da comissão.

Ele classificou a fala da vereadora na tribuna como um ‘show’ e disse que ela pôde exercer seu direito de defesa no decorrer do processo.

Suspeitas

No dia 7 de agosto deste ano, a Comissão de Ética da Câmara concluiu um parecer pela cassação do mandato de Edna, por suposto uso indevido de verba indenizatória. O pedido foi protocolado na Mesa Diretora ao presidente da Casa, o vereador Chico 2000 (PL).

Na ocasião, Edna disse que ainda não teve acesso ao relatório, mas que segue tranquila e segura em relação à inocência.

(G1MT)

Astrogildo Aécio Nunes

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