Deputado diz que decisão do TJ atende interesses políticos e que intervenção na saúde é “aberração jurídica”

Deputado diz que decisão do TJ atende interesses políticos e que intervenção na saúde é “aberração jurídica”
Emanuelzinho ainda chamou desembargador de ‘histérico’ por defender a intervenção na Capital [Foto – Fablício Rodrigues]

O deputado federal, Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho (MDB) teceu duras críticas ao Poder Judiciário de Mato Grosso, em especial ao desembargador Orlando Perri, relator da ação que determinou a intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá.
Em entrevista ao portal VG Notícias, na manhã de sexta-feira (30), o parlamentar afirmou que o Poder Judiciário cometeu “uma aberração jurídica, uma afronta ao pacto federativo brasileiro”.

Emanuelzinho diz que a determinação ocorreu por interesses políticos e não teve nada a ver com a saúde pública da capital. “Tem interesses envolvidos que logo serão revelados, porque tudo que está na sombra vem à luz”.

De acordo com ele, as empresas que prestam serviço ao Governo do Estado e as pessoas que estão assumindo as atividades do HMC, são pessoas que estão relacionados a outros poderes e instituições. “Esse é o verdadeiro interesse”, afirma.

“Saiu uma pesquisa recente que 70% das pessoas acham que não houve nenhuma mudança da intervenção. O Governo do estado não querendo repassar o dinheiro para que Cuiabá tivesse o exercício pleno de suas funções administrativas, busca uma intervenção para que pudesse angariar capital político, e ninguém está ganhando com isso e a muitos interesses escusos ai”, alega.

O parlamentar ainda afirmou que o desembargador Orlando Perri desenvolveu um papel de parlamentar durante o julgamento de intervenção, sendo inclusive, histérico.

“Com muito respeito pelo desembargador Orlando Perri, por toda sua história, ele é conhecido dentro do judiciário mato-grossense como legalista como homem que respeita e aplica a lei. No julgamento que julgou a intervenção em colegiado a atitude que ele teve foi de um parlamentar histérico, ele gritava pedindo e alegando questões administrativas como se ele fosse um parlamentar. Um magistrado não tem que avaliar o contexto administrativo, mas o contexto jurídico da coisa, que era se havia motivos para intervenção”, pontuou.

(ODOC)

Astrogildo Aécio Nunes

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