Ciclo de exploração sexual infantil é tema de Tribuna Livre
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) convidou a advogada Adriana Figueiredo Meireles para falar sobre o ciclo da exploração sexual de meninas e mulheres no parlamento. Natural de comunidade ribeirinha da Ilha do Marajó, localizada na floresta Amazônica, a Drª relatou sobre as violências que vivenciou durante a sua infância e juventude.
“Hoje a Dra. Adriana me permitiu trazer a sua história, uma história tão difícil que acontece com frequência e muitas vezes fica sem rosto. A gente está acostumado a ouvir estatísticas: a cada oito minutos, acontece um estupro no Brasil, 73% desses estupros são em menores de idade. A gente está acostumado a ouvir que existem lugares onde há exploração sexual infantil, mas a ilha do Marajó parece muito distante quando não se tem um rosto. A ilha do Marajó parece muito distante quando a gente não entende que aqui em Cuiabá existem ilhas do Marajó”, declarou a vereadora Maysa Leão à imprensa.
De acordo com a Drª Adriana, há inúmeros lugares como a ‘Ilha do Marajó’, onde o abuso e a exploração sexual existem ‘normalmente’ na sociedade. Para ela, é necessário que a população não ache isso ‘normal’.
“Trazer à tona essas pessoas que cometem essas atrocidades precisam ser responsabilizadas. Abusar de alguém, estuprar alguém, não é algo que possa ser considerado normal diante da nossa sociedade. É algo que precisa ser freado”, declarou a advogada.
Para a vereadora Maysa Leão, a fala da Adriana traz esperança para as meninas e mulheres. “Que toda menina e mulher que um dia sofreu por viver em uma ‘ilha do Marajó’ possa sim ter orgulho de onde veio, saber quem é, e seguir a vida. Hoje ela trouxe um relato de muita dor, ao mesmo tempo um relato de muita esperança, e por fim um grande alerta de que precisamos buscar soluções”.
“Os legislativos e os executivos precisam priorizar essa pauta. Priorizar essa pauta até que isso pare de acontecer”, finalizou a vereadora Maysa Leão.
(Da Assessoria)