Chico 2000 diz que vai se aposentar se perder cargo e chama possível descongelamento de votos de Nicássio de ‘absurdo’

O vereador Chico 2000 (PL) classificou como “absurda” a possibilidade de a Justiça descongelar os 2.975 votos de Nicássio José Barbosa (MDB), irmão do deputado estadual Juca do Guaraná (MDB), conseguidos nas eleições de 2024. Caso isso ocorra, Chico, reeleito no pleito passado, perderia a vaga para o emedebista.
Nicássio teve seu registro de candidatura indeferido devido à inelegibilidade por condenação por tentativa de homicídio.
Em entrevista nesta quinta-feira (13), o parlamentar criticou a hipótese e afirmou que tem se mantido vigilante sobre o caso. Ele reforçou, no entanto, que confia na Justiça.
“Dizem que sim [sobre perder a vaga na Câmara]. Eu não fiz essa conta, não fui atrás dessa conta. E quero dizer que… É assim: eu não tenho dormido, tenho estado vigilante. Minha assessoria jurídica está acompanhando de perto tudo que está acontecendo. Mas a minha principal defesa é que quem cuida de mim não dorme, que é Deus. E Deus é o único que efetivamente promove o que é justo e o que é verdadeiro”.
Sobre a possibilidade de reversão, acrescentou que não acredita nessa possibilidade “em razão de que [a Justiça] não assiste direito ao requerente”.
Ao ser perguntado se poderá se aposentar se Nicássio conseguir a vaga de vereador na justiça, o liberal disse que “vai recolher sua mochila”.
“E repito: o Judiciário está vigilante quanto à garantia de direitos. Mas, se por um absurdo isso vier a acontecer, eu vou entender que, além de uma decisão judicial, é uma decisão divina. Vou recolher minha mochila e vou cuidar da minha vida”.
A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por unanimidade, proveu o recurso apresentado por Nicássio José Barbosa (MDB), irmão do deputado estadual Juca do Guaraná (MDB), para que seja corrigida a data de extinção de sua condenação por tentativa de homicídio.
A intenção é que a data seja reanalisada para conseguir o descongelamento dos quase três mil votos que recebeu nas eleições de 2024 ao cargo de vereador de Cuiabá.
Ele recorreu à Primeira Câmara após um juiz da Segunda Vara Criminal de Cuiabá não ter analisado o seu pedido de remissão de pena devido ao tempo de estudo e trabalho.
A defesa alega que não foi computado o curso de pintor que ele fez no sistema prisional, o que garantiria remissão de 31 dias, e de trabalho, que corresponderia a 146 dias a menos de sua pena.
(OlharDireto)