Brinquedos, roupas e informática devem trazer incremento de cerca de 10% nas vendas neste Dia das Crianças
O Dia das Crianças, próximo 12 de outubro, deve trazer um incremento nas vendas de cerca de 10% em média no comércio de Rondonópolis, na comparação com o mesmo período em 2022. É o que aponta o mais recente levantamento feito pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), junto aos lojistas, na última semana. Dos itens mais citados na pesquisa informal, se destacam os brinquedos, roubas e itens de informática.
A data representa a última festa comemorativa antes do Natal e, por isso, dá ao mercado de consumo as primeiras impressões de como será o desempenho das vendas no final do ano. Com a ascensão dos smartphones e computadores focados em jogos online, a procura pela tecnologia disparou, segundo afirma um lojista entrevistado, especializado no ramo. “Estamos confiantes. Hoje, a garotada é antenada, ligada nos games. Para nós é um mês bem chamativo, estamos projetando crescimento”, diz.
Seguindo a tendência nacional (conforme pesquisa abaixo), na liderança do ranking, porém, ainda estão as roupas e os calçados, seguidos dos brinquedos. “As expectativas são as melhores. Já estamos lançando promoção focados nesta reta final do ano. Partindo deste mês como a primeira grande data para aquecer os motores”, diz outro lojista. “Quanto a percentual, partimos, também, destes 10%, mas sendo ainda mais otimistas, estamos projetando incremento entre 15% a até 20%”, completa o entrevistado, atuante no ramo de roupas, confecções e calçados.
Ainda das promoções, parte dos entrevistados diz pensar em unir Dia das Crianças e, por que não ?!, o outubro rosa. Em segmentos que atendem público variado, esta pode ser uma boa estratégia. “Gerar fluxo de consumidores, temas nas redes, campanhas que movimentem as redes e a conscientização… Tem tudo a ver”, argumenta uma lojista.
“Até 40%”
Fora da média, no recorte por segmento específico tem lojista local ainda mais otimista neste Dia das Crianças. Um dos entrevistados é do ramo de bicicletas e acessórios esportivos focado na modalidade do ciclismo. “Para mim, especificamente, a data faz toda a diferença. No meu caso, a “bike” está voltando à preferência dos pais, para tirar as crianças um pouco da frente dos aparelhos eletrônicos, como celular, TV, computador. Por isso, minha projeção fica entre 35% e 40%”, diz. Segundo este entrevistado, o Dia das Crianças, junto com o Natal, representa a principal data festiva do ano.
Nacional
Em todo o Brasil, o Dia das Crianças deve aquecer as vendas nas próximas semanas com os consumidores dispostos a dar presentes mais caros este ano. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise, em todas as capitais, aponta um crescimento nos gastos com compras para a data. De acordo com o levantamento, 73% dos consumidores pretendem comprar algum presente para o Dia das Crianças. Com isso, a data deve movimentar R$ 18,8 bilhões no comércio (em 2022 a movimentação estimada foi de R$ 13,7 bilhões).
Em média, os consumidores pretendem comprar 2,3 presentes e gastar cerca de R$ 343 nas compras (um aumento de R$ 101 em relação a 2022). De acordo com o levantamento, entre os entrevistados que vão comprar presentes, um terço (40%) pretende gastar o mesmo valor que no ano passado e 14% têm a intenção de gastar menos. Já 33% planejam gastar mais do que no Dia das Crianças de 2022.
De acordo com os consumidores, os principais motivos para gastar mais são: comprar um presente melhor (39%), comprar mais presentes (38%) e aumento do preço dos produtos (37%). Enquanto os que pretendem gastar menos justificam pelo orçamento apertado (27%), outras prioridades de compra (20%), pagar dívidas em atraso (20%) e economizar (18%).
A maioria pagará os produtos à vista (78%), principalmente com PIX (40%, sobretudo entre os mais jovens), dinheiro (33%) e cartão de débito (32%). Por outro lado, 42% planejam pagar parcelado, principalmente com o cartão de crédito (37%).
De acordo com os consumidores entrevistados, 44% pretendem comprar roupas e/ou calçados, 42% bonecas/bonecos, 26% jogos de tabuleiro/educativos e 22% aviões/carrinhos de brinquedo. 49% pretendem presentear o filho(a), 39% o sobrinho(a) e 20% o(a) afilhado(a).
Os principais locais de compra dos presentes estão concentrados nas lojas físicas (81%), principalmente em shoppings centers (37%), lojas de departamento (24%) e em lojas de rua/bairro (23%). Por outro lado, 37% pretendem realizar as compras na internet.
Entre aqueles que farão as compras pela internet, 77% devem utilizar os sites, 76% os aplicativos e 23% o Instagram.
Os sites de varejistas internacionais serão os locais de compras de 70% dos consumidores, enquanto 68% comprarão em sites de varejistas nacionais. Já 34% farão as compras em sites de lojas de departamento e 29% em sites de compra e venda de produtos novos ou usados.
Os fatores que mais influenciam na escolha do estabelecimento que pretendem comprar são: 56% preço, 48% pelas promoções e descontos, 42% qualidade dos produtos, 31% diversidade dos produtos e 27% pelo frete grátis.
“As lojas físicas continuam a ser os locais de compras preferidos dos consumidores brasileiros, mas o consumo online cresce a cada ano. Por isso, é importante que uma loja esteja presente tanto no físico quanto no online. Mesmo quem não tenha site, pode utilizar as redes sociais e até mesmo o WhatsApp para atender a clientela”, acrescenta José César da Costa.
Outros setores
Além do comércio, o Dia das Crianças deve movimentar outros setores como o de bares e restaurantes e de lazer. Nove em cada dez consumidores (92%) planejam comemorar a data, sendo que a maioria (60%) o fará em casa, seja na própria casa, de parentes, avós ou amigos. Já 32% farão algum tipo de passeio, seja em parque de diversão, eventos públicos, almoçar fora, cinema ou viagens.
De acordo com o levantamento, 78% dos consumidores pretendem pagar todos os presentes sozinhos, enquanto 18% pretendem dividir o valor com outra(s) pessoa(s). Os principais motivos para dividir a compra dos presentes são: redução dos gastos com o(s) presente(s) (39%), orçamento apertado (22%) e preços dos presentes muito altos (19%). 59% pretendem dividir o pagamento das compras com o esposo(a), 20% com outros familiares e 18% com o pai/mãe da criança.
A pesquisa revela ainda que muitos dos compradores estão com orçamento apertado. De acordo com os entrevistados, 29% costumam gastar mais do que podem com as compras do Dia das Crianças.
Entre os que vão presentear nesta data, 9% pretendem deixar de pagar alguma conta para comprar o(s) presente(s) e 32% estão atualmente com alguma conta em atraso, sendo que 65% destes estão com o nome sujo.
Ainda que o comportamento impulsivo seja bastante presente, a maioria (81%) pretende fazer pesquisa de preço antes de comprar o(s) presente(s). O principal local de pesquisa será a internet (82%), sobretudo nos sites/aplicativos (72%), enquanto 68% farão pesquisa de preço offline, principalmente nas lojas de shopping (44%) e lojas de rua (41%). Entre os que vão utilizar sites e aplicativos para pesquisar preços, 69% utilizam os de varejistas, 68% de busca e 44% de lojas de departamento.
(AgoraMT)