Black Friday deve levar 255 mil pessoas às compras e movimentar R$ 486 mi na capital
Cerca de 255 mil pessoas em Cuiabá devem ir às compras na Black Friday em 2024, prevê estudo realizado pelo Núcleo de Inteligência de Mercado da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá). A expectativa é que a data, que ocorre no próximo dia 29 de novembro, movimente, aproximadamente, R$ 486 milhões em vendas para o comércio varejista na capital.
A injeção de recursos na economia da capital eleva a confiança do empresariado, que tem a grande chance de liquidar os estoques e chegar no Natal com novos produtos e tendências.
“A chegada das festas de fim de ano e o recebimento do 13º salário contribuem para o clima de absoluto otimismo. Com fluxo de clientes aquecido no comércio, gera-se um ‘efeito dominó’ positivo na economia com mais arrecadação de tributos, maior capacidade de crescimento das empresas e mais comissões de vendas para colaboradores, além da geração de empregos temporários para suportar a demanda”, diz o presidente da CDL Cuiabá, Junior Macagnam.
A pesquisa revela que o ticket médio de gastos por consumidor será de pouco mais de R$ 1,9 mil. O valor se explica pelos produtos mais demandados pelos consumidores: 26,1% dos entrevistados disseram que vão comprar eletrodomésticos, enquanto 13,6% pretendem adquirir móveis em geral e 13,1% mencionaram celulares e smartphones. No entanto, a maioria (31%) ainda vai priorizar roupas e calçados.
Outro fator que justifica o ticket elevado é o fato da Black Friday não ficar restrita somente a um dia específico. Isso porque algumas empresas praticam promoções durante a semana (Black Week) ou o mês inteiro (Black November), o que ajuda a elevar os gastos por consumidor e o volume transacionado pelo comércio.
Embora o cartão de crédito deva ser a ferramenta de compra mais utilizada na capital (47%), grande parte dos entrevistados está optando por quitar as despesas logo no momento da compra para evitar o acúmulo de dívidas. Conforme o levantamento, 45,2% dos consumidores vão usar meios de pagamento à vista – como dinheiro, cartão de débito, Pix e boletos bancários.
Compras por impulso
A tendência de deixar as compras para a última hora deve se repetir na Black Friday 2024 em Cuiabá. Conforme o levantamento, 57,6% da população não iniciou a pesquisa de preços e o percentual de pessoas que já efetuaram as compras é inferior a 1%. Mais da metade (53,8%) afirma que deixará para consultar e comprar no dia 29. Um em cada quatro pesquisará com até uma semana de antecedência.
Meios tradicionais mantém relevância
Mesmo com o avanço da tecnologia e o crescimento exponencial do e-commerce nos últimos anos, quase 92% das vendas alusivas à data deverão se concentrar nas lojas localizadas nos bairros, zonas centrais e shoppings centers.
Além da resiliência dos estabelecimentos físicos, o estudo também mostra a importância modelos tradicionais para alavancar receitas do comércio durante a Black Friday. Para 40% dos entrevistados, a televisão segue sendo o principal canal de comunicação para se manterem informados das ofertas. Folhetos (7,7%), rádio (1,4%), outdoor (0,5%) e as propagandas espontâneas (conhecido como “boca a boca”) também foram mencionados e correspondem a 50%.
Campanhas estimulam consumo
De acordo com o Núcleo de Inteligência de Mercado, o comerciante que souber atrair e compreender os fatores que motivam o consumidor a efetuar as compras larga na frente no objetivo de incrementar seus ganhos. Dentre as pessoas ouvidas na pesquisa, 57,9% desejam fazer compras na Black Friday para presentear entes queridos como pais, cônjuges e filhos. Para quase um terço, a data é uma boa oportunidade para se auto presentear.
“O empresariado deve se manter antenado para criar campanhas que estimulem o ímpeto do consumidor. As opções são os famosos ‘Compre 1, Leve 2’ ou descontos progressivos. Outra estratégia é exibir comparativos de preços anteriores que deixe a mostra o valor de economia que o cliente está tendo. Esse tipo de transparência ajuda a construir confiança e atrair consumidores que buscam ofertas honestas”, completa Junior Macagnam.
(ODOC)