Bancada de MT no Senado aprova PEC sobre criminalização de drogas

Bancada de MT no Senado aprova PEC sobre criminalização de drogas
Senadores de MT Margareth Buzetti (PSD), Jayme Campos (União Brasil) e Wellington Fagundes (PL) que votaram favorável à PEC: "Vitória dos brasileiros"

Os senadores da bancada de Mato Grosso Margareth Buzetti (PSD), Jayme Campos (União Brasil) e Wellington Fagundes (PL) votaram favoráveis a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que inclui na Constituição Federal a criminalização da posse e do porte de qualquer quantidade de droga ilícita

A votação foi realizada na noite de terça-feira (16) e recebeu 53 votos favoráveis e nove contrários no primeiro turno, e 52 favoráveis e nove contrários no segundo turno. Com isso, Congresso “se adianta” em debate que acontecer no Supremo, onde há uma tendência pela descriminalização do porte de drogas.

A proposta agora segue para a análise da Câmara Federal. A PEC precisa ser aprovada nas duas Casas do Congresso. Nas redes sociais, os senadores comemoraram a aprovação da PEC. Margareth disse que o Senado cumpriu a sua parte e que tem honra de fazer parte dessa história.

“Vitória dos brasileiros! Aprovamos agora, por grande maioria, a PEC 45/2023 que criminaliza o porte e a posse de drogas. O impacto da liberação de entorpecentes na saúde e na segurança pública é incalculável”, disse Margareth.

Jayme também comemorou poder fazer parte deste “momento histórico” e parabenizou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pela autoria da proposta e ao líder Efraim Filho pela relatoria da proposta.

“Momento histórico do Senado Federal, em que promovemos o debate, legislamos e aprovamos uma proposta para preservar vidas e garantir a segurança da sociedade. Me refiro à PEC 45, que determina expressamente que a posse ou o porte de entorpecentes e drogas ilícitas são crimes, independentemente da quantidade. Este é um passo importante no sentido de valorizar a vida, a família e a nossa sociedade. Parabéns ao presidente Rodrigo Pacheco pela autoria da proposta e ao líder Efraim Filho pela relatoria”, disse o senador.

Já Wellington disse que a medida é fundamental para lidar com a dependência química de forma mais eficaz, evitando sobrecarregar ainda mais as instituições de saúde mental e de reabilitação.

Veja:

Projeto

Apresentada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a PEC acrescenta um inciso ao art. 5º da Constituição Federal para considerar crime a posse e o porte, independentemente da quantidade de entorpecentes e drogas sem autorização ou em desacordo com a lei. Segundo a proposta, deve ser observada a distinção entre o traficante e o usuário pelas circunstâncias fáticas do caso concreto, aplicando aos usuários penas alternativas à prisão e tratamento contra dependência.

Pacheco esclareceu que a PEC faz uma ressalva sobre a impossibilidade da privação de liberdade do porte para uso de drogas. “Ou seja, o usuário não será jamais penalizado com o encarceramento”, disse. Ele também destacou que a utilização de substâncias derivadas de drogas ilícitas para uso medicinal não será afetada pela PEC.

Atualmente, a Lei nº 11.343, de 2006, conhecida como Lei das Drogas, estabelece que é crime vender, transportar ou fornecer drogas. A pena é de reclusão de cinco a 15 anos, além de multa. Adquirir, guardar, transportar ou cultivar drogas para consumo pessoal também é considerado crime pela lei atual, mas neste caso as penas previstas são advertência, medidas educativas e prestação de serviços à comunidade. A legislação não estabelece uma quantidade de entorpecentes que diferencie os dois delitos.

(Rdnews)

Astrogildo Aécio Nunes

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