Anestesistas da Santa Casa param atividades e cita 4 salários atrasados

Anestesistas da Santa Casa param atividades e cita 4 salários atrasados
Rodinei Crescêncio/Rdnews

Vinte médicos anestesistas do Hospital Estadual Santa Casa, em Cuiabá, paralisaram as atividades nesta quarta-feira (24), sem previsão de volta, por falta de pagamento há quatro meses. A dívida já está em cerca de R$ 1,7 milhão.

Os profissionais são da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado de Mato Grosso (Coopanest) e prestam serviços para a unidade. O pagamento repassado pela unidade é feito pela da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Com a paralisação, cirurgias pediátricas, ortopédicas, cardíacas e outros procedimentos ficam suspensos na unidade.

A Coopanest tem 200 médicos anestesistas e 20 atuam na Santa Casa de Cuiabá. Outros 15 prestam serviço para o Hospital Regional de Sorriso (a 420 km da Capital), que também está com uma dívida de cerca de R$ 600 mil, por dois meses. Neste caso, os profissionais ainda não paralisaram as atividades, pelo tempo de atraso ser menor.Os cooperados também atendiam no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, até junho deste ano. Eram cinco médicos na unidade. No entanto, quando o contrato venceu, decidiram não renovar pelos constantes atrasos nos pagamentos. Os profissionais ainda estão sem receber os salários de maio e junho, e já não estão vinculados à unidade. O débito chega a cerca de R$ 200 mil.

“Nós tentamos olhar pelo lado da população. Mas não dá para trabalhar desse jeito. Não há retorno. nem previsão de pagamentos. Como é uma cooperativa, tentamos negociar com os profissionais para que continuem atendendo mais um pouco, porque nos preocupamos com os pacientes, com a população, mas chega a um ponto que não dá mais”, explica a administradora da Coopanest, Flávia Maria Clemente.

A cooperativa encaminhou uma notificação à SES, ao Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) e à administração da Santa Casa informando a paralisação dos profissionais nesta quarta-feira, mas ainda não houve uma resposta sobre os pagamentos.

“Ontem deixamos um profissional na Santa Casa e hoje mandamos mais dois. Queremos que tenha uma negociação, uma conversa, uma previsão de pagamento, porque quando os anestesistas param, todos os procedimentos dos outros setores param. Mas não temos nenhum retorno do hospital. Nós notificamos, eles mandaram uma contra notificação pedindo para os profissionais não pararem, mas não responderam com nenhuma previsão de pagamento”, pontua.

Outro lado

Por meio de nota, a Saúde informou que que identificou inconsistências nos documentos referentes às prestações de contas das empresas terceirizadas do Hospital Estadual Santa Casa, Hospital Metropolitano e Hospital Regional de Sorriso. Diante disso, a documentação foi devolvida para correções e orientações; os documentos já foram corrigidos e reencaminhados para a Secretaria, que iniciou o processo de pagamento.

Veja, abaixo, a nota da SES

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) informa que identificou inconsistências nos documentos referentes às prestações de contas das empresas que prestam ou prestavam serviços no Hospital Estadual Santa Casa, Hospital Metropolitano e Hospital Regional de Sorriso. Diante disso, a documentação foi devolvida para correções e orientações; os documentos já foram corrigidos e reencaminhados para a Secretaria, que iniciou o processo de pagamento dos meses de junho, julho e agosto.

A SES esclarece que os pagamentos do mês de maio já foram efetivados e que os processos de setembro só são instruídos em outubro, não havendo atraso relativo a esse mês. Também é importante ressaltar que o pagamento dos profissionais é uma responsabilidade das empresas.

(Os cooperados também atendiam no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, até junho deste ano. Eram cinco médicos na unidade. No entanto, quando o contrato venceu, decidiram não renovar pelos constantes atrasos nos pagamentos. Os profissionais ainda estão sem receber os salários de maio e junho, e já não estão vinculados à unidade. O débito chega a cerca de R$ 200 mil.

“Nós tentamos olhar pelo lado da população. Mas não dá para trabalhar desse jeito. Não há retorno. nem previsão de pagamentos. Como é uma cooperativa, tentamos negociar com os profissionais para que continuem atendendo mais um pouco, porque nos preocupamos com os pacientes, com a população, mas chega a um ponto que não dá mais”, explica a administradora da Coopanest, Flávia Maria Clemente.

A cooperativa encaminhou uma notificação à SES, ao Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) e à administração da Santa Casa informando a paralisação dos profissionais nesta quarta-feira, mas ainda não houve uma resposta sobre os pagamentos.

“Ontem deixamos um profissional na Santa Casa e hoje mandamos mais dois. Queremos que tenha uma negociação, uma conversa, uma previsão de pagamento, porque quando os anestesistas param, todos os procedimentos dos outros setores param. Mas não temos nenhum retorno do hospital. Nós notificamos, eles mandaram uma contra notificação pedindo para os profissionais não pararem, mas não responderam com nenhuma previsão de pagamento”, pontua.

Outro lado

Por meio de nota, a Saúde informou que que identificou inconsistências nos documentos referentes às prestações de contas das empresas terceirizadas do Hospital Estadual Santa Casa, Hospital Metropolitano e Hospital Regional de Sorriso. Diante disso, a documentação foi devolvida para correções e orientações; os documentos já foram corrigidos e reencaminhados para a Secretaria, que iniciou o processo de pagamento.

(Rdnews)

Astrogildo Aécio Nunes

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