André D’Lucca realiza Ciclo de Palestras sobre depressão e letramento racial em escolas públicas

O projeto “Ciclo de Palestras Superando Obstáculos com Humor” é uma proposta que vai além da arte costumeira do ator André D’Lucca nos palcos, pois visa mostrar aos alunos, professores e demais colaboradores das escolas públicas que a depressão é uma doença mais comum do que se possa imaginar, que pode levar a morte, mas que tem tratamento, bem como a necessidade e a importância de pedir ajuda. As palestras apresentam a experiência vivida pelo artista, que esteve entre a vida e a morte, motivado por depressão, também o bullying e o racismo, com um conteúdo de letramento e consciência racial, não explorado nas escolas.

“A gente fez um ciclo de palestras no ano passado e somando isso, com o trabalho que desenvolvo no Instagram, eu fui bombardeado de mensagens agradecendo a minha palestra, que foi importantíssima, não só para a autoestima, na compreensão da pessoa enquanto indivíduo, mas também na possibilidade de superação dessa realidade tão cruel”, destaca André D’Lucca, que impactou mais de 2 mil alunos, em 2024, com a primeira edição do projeto.

Depressão, ansiedade e distúrbios comportamentais estão entre as principais causas de doenças e incapacidades entre os adolescentes. Em todo o mundo, um em cada sete jovens de 10 a 19 anos enfrentam algum transtorno mental, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A face mais triste desse fenômeno é o suicídio: mais de 10 adolescentes tiram a própria vida diariamente na América Latina, aponta o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). É a terceira principal causa de mortes na faixa etária de 15 a 19 anos. No Brasil, segundo o relatório Situação Mundial da Infância 2021, estima-se que quase um em cada seis meninas e meninos entre 10 e 19 anos de idade no Brasil viva com algum transtorno mental, parcela mais exposta ao risco de automutilações, depressão e suicídio.

E o ator André D’Lucca não foge desta estatística, pois enfrentou a depressão aos 42 anos de idade, em 2019, onde ficou 22 dias internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensiva).

Sendo assim, a reversão desse quadro deve focar na promoção ativa da saúde mental por meio de intervenções sistêmicas, integrando ações na Educação, Saúde e Assistência Social.

Portanto, o projeto o “Ciclo de Palestras Superando Obstáculos com Humor” está sendo patrocinado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado, Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), via emenda parlamentar do deputado estadual Lúdio Cabral, com realização conjunta do Instituto Técnico de Educação, Esporte e Cidadania -ITEEC Brasil com a Associação de Desenvolvimento da Cultura, Esporte e Lazer (ADECELMT). Com apoio cultural da Audifor Contabilidade e Assembleia Legislativa de Mato Grosso, com patrocínio do Governo do Estado, com agenda em seis Escolas, totalizando 20 palestras.

A programação segue entre os dias 10 e 13 de março, nos períodos matutino, vespertino e noturno, nas Escolas Estaduais Leovegildo de Melo (CPA 3), no dia 10, e André Avelino Ribeiro (CPA 1), no dia 11. Na quarta-feira (12) segue para a Escola Estadual Professor Cesário Neto de Figueiredo (Centro), nos períodos da manhã e da tarde, e na Unidade Escola do Legislativo (ALMT), à noite.

Na quinta-feira (13) as palestras serão nas Escolas Estaduais Professor João Crisóstomo de Figueiredo, no bairro Dr, Fábio 2, nos períodos matutino e vespertino, e à noite, no bairro Tijucal, na Estevão Alves Corrêa.

LETRAMENTO RACIAL

Segundo André D’Lucca, muitas pessoas o escreveram para agradecer a colaboração na prova do Enem, quanto ao tema da redação, que era da matriz africana na construção do Brasil e da cultura brasileira. O tema da redação do Enem 2024 foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.

Para o artista cuiabano, esse retorno o incentiva a continuar levando acesso a essas crianças, pois o conteúdo da palestra não é somente de superação, mas de letramento e consciência racial, alertando que o assunto não é só para a pessoa negra, é para a pessoa branca também.

“O racismo é algo muito sofisticado que a gente acaba reproduzindo sem perceber, já que vivemos em uma sociedade onde toda a estrutura é racista. E o racismo aqui não é só estrutural, como também institucional, pensado para que ele se mantenha. Então, poder levar informações para escolas, onde existe Lei que fala que a história da África tem que ser levada para a rede de ensino, que o letramento racial tem que ser abordado, mas não está sendo cumprido, é uma forma da gente conseguir levar para dentro das Escolas de Mato Grosso um pouco de consciência racial”, destaca o ator, diretor e dramaturgo André D’Lucca, que traz o assunto a mais de 608 mil de pessoas em suas redes sociais, no Instagram @atorandredlucca.

(Por Beatriz Saturnino-Da Assessoria de Imprensa)