Explosão solar intensa flagrada pela Nasa causou apagão em transmissões de rádio
![Explosão solar intensa flagrada pela Nasa causou apagão em transmissões de rádio](https://aefnews.com.br/wp-content/uploads/2024/10/PLANETA.jpg)
De acordo com o Observatório de Dinâmica Solar da Nasa, nos Estados Unidos, uma forte erupção solar aconteceu na madrugada da última quinta-feira (24). Imagens captadas pela agência revelam um flare de classe X3.3, que é considerada a classificação de explosões solares mais intensas. O evento parece ter causado apagões em transmissões de rádio de ondas curtas, tanto na Austrália quanto no sudeste asiático.
As erupções solares tradicionalmente liberam quantidades relevantes de radiação ultravioleta e de raios-X no espaço, que se espalham em direção aos astros celestes do Sistema Solar. Como explica o portal Space Weather Live, a classificação X representa as explosões de magnitude mais elevadas, as quais ocorrem apenas cerca de 10 vezes ao ano.
Nas ejeções mais intensas, a massa coronal lançada sobre a Terra pode gerar uma tempestade geomagnética que representa riscos para naves espaciais e astronautas em órbita. Elas também podem possivelmente comprometer o pleno funcionamento dos serviços de comunicação de rádio, das redes de energia elétrica e dos sinais de navegação no planeta.
![Imagem mostra um subconjunto de luz ultravioleta extrema que destaca o material extremamente quente nas erupções e que é colorido em laranja — Foto: NASA/SDO](https://s2-galileu.glbimg.com/DjKHFNl5PlOPjaWhmgiFoIPStvs=/0x0:500x500/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_fde5cd494fb04473a83fa5fd57ad4542/internal_photos/bs/2024/w/t/dXMTqJSlahd8CopkoyfA/462535802-1245863999794025-5360855849172812624-n.jpg)
Esses “apagões” ocorrerem quando a ionização da luz ultravioleta da erupção interrompe a ionosfera, uma camada crucial para a transmissão de ondas de rádio. Embora falhas comunicativas tenham sido registradas em pontos pela Austrália e pelo sudeste do Pacífico, elas foram momentâneas, e não representaram grandes ameaças.
Como explica o site Daily Galaxy, a erupção mais recente se originou na região de manchas solares AR3869, e pôde ser observada como um “flash brilhante” na superfície do Sol (que você vê no GIF acima). O fenômeno é um sintoma da alta atividade na superfície da estrela em razão da chegada ao pico do Ciclo Solar.
25° Ciclo Solar
Ciclo Solar é o nome dado ao período de 11 anos de picos e vales em que a estrela hospedeira da Terra passa de quieta e inativa para muito ativa. Nesse movimento, ela passa a apresentar características dinâmicas como o aparecimento de manchas solares, as erupções solares e as ejeções de massa coronal.
Os cientistas solares anunciaram em 15 de outubro que o Sol havia atingido oficialmente o pico do seu ciclo atual, o Ciclo Solar 25, lembra a revista Sky at Night. Portanto, à medida que os ventos solares interagem com o campo magnético do nosso planeta, poderemos ser agraciados, por exemplo, com auroras.
(Arthur Almeida)