Explosão solar intensa flagrada pela Nasa causou apagão em transmissões de rádio

Explosão solar intensa flagrada pela Nasa causou apagão em transmissões de rádio
Explosão solar (no canto esquerdo) capturada pela Nasa na última semana. Evento parecer ter atrapalhado as comunicações humanas — Foto: NASA's Solar Dynamics Observatory

De acordo com o Observatório de Dinâmica Solar da Nasa, nos Estados Unidos, uma forte erupção solar aconteceu na madrugada da última quinta-feira (24). Imagens captadas pela agência revelam um flare de classe X3.3, que é considerada a classificação de explosões solares mais intensas. O evento parece ter causado apagões em transmissões de rádio de ondas curtas, tanto na Austrália quanto no sudeste asiático.

As erupções solares tradicionalmente liberam quantidades relevantes de radiação ultravioleta e de raios-X no espaço, que se espalham em direção aos astros celestes do Sistema Solar. Como explica o portal Space Weather Live, a classificação X representa as explosões de magnitude mais elevadas, as quais ocorrem apenas cerca de 10 vezes ao ano.

Nas ejeções mais intensas, a massa coronal lançada sobre a Terra pode gerar uma tempestade geomagnética que representa riscos para naves espaciais e astronautas em órbita. Elas também podem possivelmente comprometer o pleno funcionamento dos serviços de comunicação de rádio, das redes de energia elétrica e dos sinais de navegação no planeta.

Imagem mostra um subconjunto de luz ultravioleta extrema que destaca o material extremamente quente nas erupções e que é colorido em laranja — Foto: NASA/SDO
Imagem mostra um subconjunto de luz ultravioleta extrema que destaca o material extremamente quente nas erupções e que é colorido em laranja — Foto: NASA/SDO

Esses “apagões” ocorrerem quando a ionização da luz ultravioleta da erupção interrompe a ionosfera, uma camada crucial para a transmissão de ondas de rádio. Embora falhas comunicativas tenham sido registradas em pontos pela Austrália e pelo sudeste do Pacífico, elas foram momentâneas, e não representaram grandes ameaças.

Como explica o site Daily Galaxy, a erupção mais recente se originou na região de manchas solares AR3869, e pôde ser observada como um “flash brilhante” na superfície do Sol (que você vê no GIF acima). O fenômeno é um sintoma da alta atividade na superfície da estrela em razão da chegada ao pico do Ciclo Solar.

25° Ciclo Solar

Ciclo Solar é o nome dado ao período de 11 anos de picos e vales em que a estrela hospedeira da Terra passa de quieta e inativa para muito ativa. Nesse movimento, ela passa a apresentar características dinâmicas como o aparecimento de manchas solares, as erupções solares e as ejeções de massa coronal.

Os cientistas solares anunciaram em 15 de outubro que o Sol havia atingido oficialmente o pico do seu ciclo atual, o Ciclo Solar 25, lembra a revista Sky at Night. Portanto, à medida que os ventos solares interagem com o campo magnético do nosso planeta, poderemos ser agraciados, por exemplo, com auroras.

(Arthur Almeida)

Astrogildo Aécio Nunes

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