Após pedido de Diego, MPE quer que Energisa suspenda cobrança de ICMS retroativo da energia solar

Após pedido de Diego, MPE quer que Energisa suspenda cobrança de ICMS retroativo da energia solar
Assessoria

O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) solicitou que Energisa suspenda por pelo menos 60 dias a cobrança retroativa do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) referente à geração de energia solar. A informação foi passada pelo promotor de Justiça, Carlos Henrique Richter, ao deputado Diego Guimarães (Republicanos), em reunião realizada nesta terça-feira (11.09). Guimarães havia solicitado providências do órgão ministerial com relação à cobrança no fim do mês passado.

Além do parlamentar e de um representante da concessionária, participaram da reunião convocada pelo promotor o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Mato Grosso (Facmat), Jonas Alves, e o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, Sebastião Rezende (União).

Ao protocolar uma notificação junto ao MPE, Diego destacou que a cobrança repentina feria diversos direitos dos consumidores. No encontro, Richter explicou ao parlamentar que a coleta e a análise das informações é necessária para que seja possível avaliar se há e quais são as medidas cabíveis com relação ao tema. Estas informações já foram solicitadas pelo promotor na reunião e a Energisa deverá responder.

“Nesta reunião com o promotor, apresentamos alguns pontos que entendemos que tornam esta cobrança ilegal e abusiva, o promotor também ressaltou alguns aspectos que necessitam de mais esclarecimentos e, por conta disso, ele já solicitou à Energisa estas explicações, que serão prestadas em breve”, ressaltou Guimarães ao comentar o caso.

O parlamentar reafirmou a necessidade de a concessionária suspender, imediatamente, a cobrança do ICMS retroativo, até que haja o respeito às leis no processo de cobrança. “O Código de Defesa do Contribuinte veio justamente para colocar ordem em relações muito desiguais, como a deste caso. Por isso, é preciso que a Energisa suspenda de imediato a cobrança até que os direitos mínimos dos contribuintes sejam respeitados”, pontuou o deputado, autor do projeto de Lei que criou o Código de Defesa do Contribuinte em Mato Grosso.

Na carta enviada aos consumidores, a concessionária alega que entre 2017 e 2021 foi concedida, de forma indevida, uma isenção nos valores cobrados do ICMS da tarifa de energia e do sistema de distribuição. Após uma consulta realizada junto à Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz/MT), a concessionária recebeu a informação de que deveria proceder o recolhimento do imposto.

Astrogildo Aécio Nunes

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