Relógio do Juízo Final marca 90 segundos para o fim do mundo
O Relógio do Juízo Final, também conhecido como Doomsday Clock, foi atualizado nesta terça-feira (23) e agora marca 90 segundos para meia-noite, representando o momento mais próximo do fim do mundo desde o seu surgimento. O cálculo do relógio é feito pelo Boletim dos Cientistas Atômicos e leva em consideração eventos globais, como ameaças de guerra, armas nucleares, crise climática e inteligência artificial.
Desde o ano passado, o relógio indica que a humanidade está a 90 segundos da meia-noite, o que representa o fim dos tempos, sendo a marca mais próxima já registrada. A primeira atualização para esse ponto crítico ocorreu em 2023, quando avançou 10 segundos em relação ao ano anterior.
O aumento para 90 segundos em 2023 foi motivado, principalmente, pelo início da guerra Rússia-Ucrânia e pela expansão do armamento nuclear na China e na Coreia do Norte. A nova atualização foi transmitida ao meio-dia, horário de Brasília, com transmissão ao vivo de Washington, nos Estados Unidos.
No cenário atual de 2024, a guerra entre Rússia e Ucrânia persiste, e um novo conflito em Gaza ameaça se espalhar pelo Oriente Médio. As preocupações com a inteligência artificial e a crise climática continuam e se agravam.
Rachel Bronson, presidente e CEO do Boletim dos Cientistas Atômicos, destaca que as preocupações expressas no ano passado continuam influenciando este ano, caracterizando-o como um período de riscos persistentes.
Apesar das adversidades, alguns cientistas ressaltam boas notícias. Ambuj Sagar, pesquisador do Boletim, menciona que, embora 2023 tenha sido marcado por recordes de desastres climáticos, investimentos importantes em energias renováveis estão ocorrendo. No entanto, ele enfatiza que o progresso ainda não é suficiente para compensar as crises.
O Relógio do Juízo Final é considerado pelos cientistas como um indicativo de “momento de perigo sem precedentes”, sendo uma metáfora que simboliza os perigos que a humanidade enfrenta, abrangendo ameaças como guerra, armas nucleares e crises globais.
(Adriana Araújo)